Uma missa em homenagem à vereadora Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes foi realizada no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, na noite deste domingo (27). A celebração foi organizada pela família da vereadora e pelo Instituto Marielle Franco, que promove uma série de eventos para exigir respostas da justiça após mais de seis anos do assassinato.
“Tem tanta coisa ainda (para acontecer), mas acho que é o primeiro passo (o julgamento dos assassinos confessos). A gente tem depois o julgamento dos mandantes. Mas é o primeiro passo. É um misto de dor e de esperança também”, destacou Agatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes.
A missa ocorreu a três dias do julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de envolvimento no crime. O júri popular ocorrerá na quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Em frente ao tribunal, a família e amigos de Marielle e Anderson organizaram uma manifestação às 7h no local.
“É um processo muito árduo, que a gente tem que ficar alerta. Foram anos e ainda é um processo de muita luta para a gente continuar pressionando e mobilizando”, disse Diana Mendes, diretora de estratégia e sustentabilidade do Instituto Marielle Franco.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos na noite de 14 de março de 2018, no Centro do Rio, após a vereadora deixar um debate na Lapa. A assessora Fernanda Chaves, que estava no veículo, sobreviveu ao ataque.
Em 2019, Ronnie Lessa foi preso como autor dos disparos, enquanto Élcio de Queiroz foi identificado como o motorista do carro. Durante uma delação premiada, Lessa implicou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime, além do delegado Rivaldo Barbosa. Os três foram presos em março deste ano e negam envolvimento. O caso dos supostos mandantes está sob análise no Supremo Tribunal Federal.
