Faleceu nesta quinta-feira, aos 84 anos, a locutora Íris Lettieri, eternizada como a voz oficial do Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Sua locução, que acompanhou gerações de passageiros desde os anos 1970, transformou uma função técnica em memória afetiva coletiva, tornando-a um dos timbres mais reconhecíveis do país.
Uma voz que acolhia viajantes
Íris emprestou sua voz não apenas ao Galeão, mas também a Cumbica, em São Paulo, e ao sistema de transporte do Rio de Janeiro, incluindo o BRT, onde gravou mensagens a partir de 2014. Seu tom inconfundível tornou-se sinônimo de acolhimento, marcando o cotidiano de quem transitava por aeroportos e rodovias.
Carreira além das locuções
Muito além das mensagens nos alto-falantes, Íris foi cantora, atriz e modelo, mostrando versatilidade e presença marcante na cultura brasileira. Em entrevistas, definia sua trajetória como a de alguém que dava emoção a uma atividade técnica: “Fazer parte da rotina das pessoas, mesmo sem vê-las, foi algo que sempre me tocou profundamente”, dizia.
Despedida e reconhecimento
A concessionária RioGaleão lamentou a morte em nota oficial: “O RIOgaleão lamenta o falecimento de Íris Lettieri, voz inesquecível que marcou gerações nas rádios e nas mensagens do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Seu trabalho se tornou parte da memória afetiva de milhares de passageiros que passaram pelo Tom Jobim. Manifestamos nossa solidariedade à família, amigos e admiradores dessa profissional que ajudou a escrever a história da aviação e da comunicação no Rio de Janeiro.”
Um legado imortal
Ao longo de sua trajetória, Íris Lettieri consolidou-se como símbolo da aviação brasileira e referência de profissionalismo na comunicação. Sua voz permanece na lembrança de milhões de brasileiros como parte de um país acolhedor e culturalmente diverso.