Acompanhando uma tendência presente em outras grandes cidades brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte, a cidade do Rio de Janeiro tem registrado alta no preço de imóveis. Esse aumento incide principalmente sobre unidades de alto e médio padrão, enquanto houve queda de demanda pelos imóveis mais populares.
Em levantamento feito pelo QuintoAndar, o preço médio do metro quadrado na região é de R$ 5.013,00, com 6,36% de aumento nos últimos 12 meses. No entanto, ainda não é a cidade mais cara. A líder do ranking é Balneário Camboriú, cujo metro quadrado passa dos R$ 12.000,00. O Rio aparece no ranking em quinto lugar, segundo o índice FipeZap.
As médias são puxadas para cima muito por conta de novos empreendimentos, que acabam atraindo muitos investidores. As zonas oeste e norte da capital têm sido especialmente valorizadas, principalmente os bairros da Tijuca e Jacarepaguá. No entanto, Leblon, Ipanema e Gávea, para citar alguns, continuam sendo bastante procurados, encabeçando o ranking dos bairros.
Já a zona sul do Rio é a região mais cara da cidade. E isso se dá por vários motivos, sendo um deles a alta liquidez do ramo imobiliário. Pelo fato de ser um polo turístico e imobiliário, tanto empresarial quanto residencial, é comum que receba muito mais investimentos. Flamengo, Gávea, Urca e Santa Teresa são os bairros mais cobiçados. A infraestrutura, principalmente a do Flamengo, explica muito bem esse aumento.
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Mas, além de um bom comércio e estruturas de transporte e lazer, os compradores e investidores buscam mesmo é aquele imóvel dos sonhos. Unidades com varandas com vista para o mar, suítes, salas com muitos ambientes e condomínios com piscina coordenam a demanda pelos imóveis de alto padrão. Não raro, o metro quadrado de ruas como a Delfim Moreira, no Leblon, pode chegar a mais de R$ 90.000,00.
O Leblon, segundo o Secovi Rio, sindicato de serviços imobiliários, é o bairro com o metro quadrado mais caro, ultrapassando os R$ 22.000,00 para cada m². Mais uma vez, é a localização que puxa os preços. Além disso, muitos bairros carregam um valor histórico e cultural muito grande. E, claro, a sensação de morar em um bairro seguro também valoriza os imóveis por si só.
Ipanema e Barra da Tijuca registraram as maiores altas em 12 meses, sendo de 34,9% e 21,9%, respectivamente, também de acordo com o índice FipeZap. No entanto, quando o assunto é a quantidade de vendas em imóveis residenciais, Barra e Copacabana lideram. Somadas, são mais de 3.000 unidades vendidas apenas no primeiro semestre de 2023, segundo o Secovi Rio.
Bairros como esses estão sendo procurados por jovens e famílias com filhos que desejam ter mais opções de transporte por perto, além de escolas e mercados. O Programa Reviver Centro, por exemplo, tem beneficiado a ocupação residencial, se estendendo do centro até a zona sul. É uma ótima oportunidade para quem quer se mudar para o centro do Rio, assim como procurar por imóveis de leilão, que geralmente trazem bons negócios.
