Rio de Janeiro – Após uma série de episódios violentos envolvendo ônibus na cidade, o governo do Rio de Janeiro estuda implementar o monitoramento em tempo real dos veículos por meio de GPS.
A medida visa reforçar a segurança de passageiros e motoristas, evitando que os coletivos sejam utilizados em ações criminosas.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que está em diálogo com a Polícia Militar e representantes das empresas de transporte para avaliar os sistemas de monitoramento já existentes e quais estratégias podem ser adotadas para aprimorar a proteção.
Violência envolvendo coletivos
O debate sobre o monitoramento surgiu após recentes casos de violência. Na última quarta-feira (16), suspeitos usaram nove ônibus para bloquear a estrada do Itanhangá, na zona oeste do Rio, durante uma operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) para evitar confrontos entre milicianos e traficantes. No dia seguinte, mais cinco ônibus foram usados como barricadas na Muzema, na Pavuna e em Costa Barros.
O Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus da capital, destacou que os motoristas são treinados para notificar roubos e atos de vandalismo.
O porta-voz do sindicato, Paulo Valente, afirmou que essas informações são repassadas à polícia para auxiliar no mapeamento das áreas de risco.
Reforço policial e medidas de segurança
Como resposta aos ataques, o governo do estado anunciou o reforço do policiamento na região do Itanhangá, com o envio de 48 policiais, 10 viaturas e 16 motocicletas. A inteligência da Polícia Militar também continuará monitorando possíveis atividades criminosas.
Paulo Valente comentou que os criminosos costumam forçar os motoristas a atravessar os veículos nas vias e retiram as chaves e as baterias dos ônibus, deixando os coletivos imobilizados.
Impacto econômico e segurança
De acordo com o Rio Ônibus, até o momento, 101 ônibus foram sequestrados e utilizados como barricadas em 2024, sendo as zonas norte e oeste as mais afetadas. Além disso, 1.750 veículos foram vandalizados, gerando um prejuízo estimado de R$ 22,6 milhões.
O governador Cláudio Castro contestou o uso da palavra “sequestro” para descrever os incidentes, afirmando que os criminosos apenas subtraíram as chaves dos ônibus, sem efetuar sequestros. Em resposta, Valente criticou a declaração do governador, destacando que o importante é discutir soluções práticas para evitar novos casos.
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Perguntas Frequentes sobre o Monitoramento de Ônibus no RJ
Como o GPS pode ajudar a evitar sequestros de ônibus?
O monitoramento em tempo real permite identificar rotas perigosas e reagir rapidamente em caso de situações suspeitas, além de facilitar o desvio de linhas em áreas de risco.
Quantos ônibus foram sequestrados no Rio em 2024?
Até o momento, 101 ônibus foram usados como barricadas, sendo a maioria dos casos registrados nas zonas norte e oeste da cidade.
Quais medidas o governo está tomando?
O governo está reforçando o policiamento em áreas críticas e estuda a implementação de monitoramento via GPS em todos os ônibus da capital.