Neste Dia Nacional da Favela, a vereadora Monica Benicio realizou a 2ª edição do Prêmio de Cria pra Cria e homenageou mais de 40 pessoas, instituições e coletivos que estão escrevendo outras narrativas para os territórios favelados e periféricos por meio de diversos projetos e expressões culturais. A solenidade lotou o plenário da Câmara Municipal do Rio na noite desta segunda-feira, 04/11.
Taísa Machado, criadora da plataforma Afro Funk Rio e uma das principais vozes do funk carioca, foi agraciada com a Medalha Chiquinha Gonzaga em reconhecimento ao seu trabalho artístico.

Numa cerimônia emocionante, a vereadora Monica Benicio também entregou a Medalha Pedro Ernesto, a maior honraria do legislativo carioca, ao MC Bob Rum, autor do “Rap do Silva 2.0” e comandante do maior baile da antiga do Brasil; ao fotógrafo popular João Roberto Ripper, um gênio da fotografia documental humanística que coloca seu trabalho a serviço dos direitos humanos; e ao Observatório de Favelas, que há 23 anos produz dados e disputa narrativas sobre favelas e periferias a partir da perspectiva da potência.

Além disso, outras 39 pessoas que atuam em seus territórios produzindo e fomentando cultura também foram homenageadas com moções de reconhecimento e um lindo azulejo criado pelo artista Guilherme Kid especialmente pra essa premiação.

Ainda como parte das iniciativas pelo Dia da Favela, foi inaugurada uma exposição no saguão da Câmara que reúne bordados de diversos coletivos de mulheres em homenagem à Marielle Franco. A mostra “Um Bordado para Marielle” ficará aberta ao público até 11 de novembro e foi feita em parceria com Linhas da Gamboa e Bordados Militantes.
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“A vereadora Monica Benicio sublinhou a importância do direito à cidade e lembrou que sem o favelado a cidade não acontece. “Tudo isso ainda é pouco diante do merecido reconhecimento da diversidade cultural dos territórios favelados e periféricos. Como uma mulher lésbica nascida e criada na Maré, sinto muito orgulho de ver espaços de poder e decisão ocupados por quem realmente constrói essa cidade: o povo. É nosso dever reposicionar a favela num lugar de força e potência criativa que geralmente a gente não vê nos noticiários. Favela é cidade e precisa ser reconhecida como tal”, concluiu a parlamentar.