Com a proposta de narrar histórias de personalidades negras pouco conhecidas pela maioria da população, o projeto de extensão “Contação de Histórias Antirracistas”, da Universidade Veiga de Almeida (UVA), do Rio de Janeiro, foi criado em 2019 a partir de uma parceria entre os cursos de História e Pedagogia.
Desde então, o grupo já atendeu diversas escolas em diferentes municípios do estado, adaptando as histórias conforme o público, da educação infantil ao ensino médio. Entre as personalidades apresentadas estão Carolina Maria de Jesus, Luís Gama, Lima Barreto, Dona Ivone Lara, Alcione e Mussum.
O projeto funciona sob demanda: as instituições, das redes pública ou privada, entram em contato com a equipe da UVA e indicam a temática desejada — religiosa, étnico-racial ou outra. A partir das informações recebidas, os alunos selecionam a história mais adequada ao território e ao público da escola, produzem a narrativa e realizam a contação.
Para tornar a contação mais envolvente, o grupo utiliza obras do Negro Muro, projeto de arte urbana que representa histórias da população negra brasileira. “Quando atendemos crianças pequenas, levamos painéis com a imagem do muro em forma de quebra-cabeça ou realizamos dinâmicas em que elas recontam a história com base no painel, para avaliar a compreensão da narrativa”, explica Giovanni Codeça Silva, professor de História e coordenador do projeto.
Além das atividades em escolas, o Contação de Histórias Antirracistas já participa de eventos literários como a LER – Festival do Leitor e a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).
Instituições interessadas em receber a contação podem entrar em contato com o grupo pelo Instagram (@giovannicodecasilva)

