sexta-feira, 21/11/25 - 10:56:15
24 C
Rio de Janeiro
InícioEconomiaCriptomoedas encabeçarão uma revolução no sistema financeiro

Criptomoedas encabeçarão uma revolução no sistema financeiro

O ano de 2021 foi marcado pela modernização do Sistema Financeiro Nacional. Com o Pix representando 72% das transações realizadas por meios de pagamento no país, superando os tradicionais TED, DOC e boletos, e o open banking integrando todas as interfaces bancárias, a sociedade brasileira está se adaptando a um cenário cada vez mais digital. Mas, qual será o próximo passo? Para o especialista Rodrigo Soeiro, a resposta é única: a massificação das criptomoedas.

“As criptomoedas chegaram aos ouvidos de muito mais pessoas em 2021, estudos apontam um aumento de mais de 400% em volume transacionado. Com a pandemia e, por consequência, a vinda da inflação corroendo o poder de compra global, muitos viram na criptoeconomia um refúgio. Isso fez com que esta ganhasse força. E essa relevância impulsionou os debates sobre sua regulação tanto internacionalmente quanto aqui no Brasil”, pontua Rodrigo, que é fundador da Monnos (https://monnos.com), primeiro cryptobank do país.

“Os recordes de valorização do bitcoin, o advento dos NFTs (non fungible tokens), as finanças descentralizadas (DEFI), os metaversos e outras inovações que a criptoeconomia trará, deixam bem claro a dinâmica desse setor e seu potencial de valor agregado. A volatilidade se dá exatamente pela velocidade em inovar, mas aqueles que estão próximos conseguem participar e se adaptar. O importante é não estar distante”, complementa.

Para Rodrigo, as criptomoedas estão fazendo com que a população comece a se imaginar dentro de um cenário econômico que não teve acesso durante muitos anos. “Falar de criptoativos é falar da democratização do acesso à economia financeira, as pessoas quando investem em cripto começam a se ver como investidoras e repensam as suas formas de lidar com o dinheiro”.

Mais Notícias

Trump derruba tarifas de 40% sobre o Brasil após tratativas com Lula

Ordem executiva de 20 de novembro encerra guerra comercial e garante reembolso retroativo a produtos agrícolas brasileiros

Firjan solicita vetos a artigos do PLC 10/2025, que reformula regras do setor elétrico

Em ofício encaminhado à presidência da República, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro afirma que a inserção de certos artigos apresenta desvios de finalidade e oneram a indústria do petróleo e gás

Criptomoedas como meio de pagamento e avanço dos NFTs

Enquanto as criptomoedas se popularizam e os debates de regulação seguem com força, novas funcionalidades surgem, é o caso do Crypto as a Service (Caas).

“Como o seu nome sugere, a modalidade de Crypto as a Service se propõe a prover serviços via criptoeconomia para players em geral, podendo ser eles bancos, fintechs, outras exchanges, empresas do varejo etc. Um exemplo aplicado de Caas é a oferta de pagamento da 99 Taxi com cripto. Em pesquisa recente feita pela VISA, identificou-se que 50% das pessoas entrevistadas em países da América Latina gostariam de ter a opção de compra com pagamento em cripto. Ao meu ver, essa demanda aumentará em velocidade espantosa”, explica Rodrigo.

Outra tendência está ocorrendo com os tokens não-fungíveis, mais conhecidos pela sigla em inglês, NFTs, que são ativos cujo valor é subjetivo, como em obras de arte. “2021 trouxe uma nova dinâmica para esse setor, atraindo uma massa de novos consumidores de cripto que nem tinham interesse por criptoativos até o momento. É um novo mercado de colecionáveis que descentraliza ativos, envolvendo tanto arte, música, vídeos, produtos de consumo, uma gama de possibilidades ainda inimagináveis. A concretização de metaversos está se dando muito em função da aceitação dos NFTs, criou-se aí uma economia”.

A disrupção dos NFTs tem sido tão impactante novos nichos estão surgindo, entre eles o mercado de GameFi, também conhecido como Play 2 Earn. Como o nome em inglês sugere, é quando a pessoa joga o game e ganha também. Entre os destaques está o jogo Axie Infinity, onde os jogadores se entretêm e ganham criptomoedas enquanto jogam. 

“Somente em outubro, o jogo bateu o recorde de usuários diários, chegando na casa de 2 milhões de pessoas. Há cidadãos de países emergentes que estão faturando mais do que o salário mínimo local, em regiões como Indonésia e Vietnã. E essa tendência já se mostra tão real que nomes tradicionais de games como Atari, Nintendo, Electronic Arts, Activision Blizzard (recém adquirida pela Microsoft) e Ubisoft estão se movimentando para não perderem espaço”, complementa o especialista.

Cripto já é a economia por trás dos metaversos

O termo metaverso ganhou os holofotes quando o Facebook anunciou a mudança de nome da sua empresa idealizadora para Meta, numa clara referência ao conceito, que significa o universo que vai além, uma conexão entre o mundo real e o virtual.

“Metaverso não consiste em um produto pronto e envelopado, mas um organismo vivo que está em evolução espantosa e que envolve várias iniciativas e tecnologias ao mesmo tempo. Movimentando economicamente tudo isso, temos a criptoeconomia, com destaque para os NFTs.”, destaca o especialista.

Apesar de muitos acreditarem que isso ainda irá ocorrer, Rodrigo alerta que já está ocorrendo, empresas como Nike e Adidas já estão posicionadas e comercializando produtos para avatares. Para Rodrigo, os limites de onde os metaversos poderão chegar dependerá dos empreendedores envolvidos e de suas iniciativas. “A oportunidade é gigantesca, estamos falando de um mercado de mais de 1 trilhão de dólares. E muitas possibilidades sequer foram mapeadas”.

“Quando idealizamos a Monnos, vimos a criptoeconomia como um caminho para a saúde financeira e, de certa forma, independência para as pessoas, por isso nossa missão é massificar cripto. Buscamos simplificar ao máximo as possibilidades a serem exploradas, facilitando o entendimento e consumo. Nosso público alvo é exatamente aquela pessoa que tem curiosidade, está disposta a testar, não quer ser um especialista, mas também não quer ficar distante”, conclui

JR Vital
JR Vitalhttps://diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
Parimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino online

Relacionadas

Trump derruba tarifas de 40% sobre o Brasil após tratativas com Lula

Ordem executiva de 20 de novembro encerra guerra comercial e garante reembolso retroativo a produtos agrícolas brasileiros

Firjan solicita vetos a artigos do PLC 10/2025, que reformula regras do setor elétrico

Em ofício encaminhado à presidência da República, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro afirma que a inserção de certos artigos apresenta desvios de finalidade e oneram a indústria do petróleo e gás

Prisão e Choque: Presidente do BRB é afastado após PF prender dono do Banco Master

Paulo Henrique Costa está nos EUA enquanto o BC decreta liquidação e interrompe venda bilionária do Master. Operação Compliance Zero mira títulos de crédito falsos e esquema que afeta o BRB.

Alckmin diz que a nova ordem executiva dos EUA está na direção correta e destaca continuidade das negociações

Em entrevista, vice-presidente também ressaltou o crescimento do comércio exterior brasileiro. No acumulado do ano, país chegou ao recorde de 289,7 bilhões de dólares em exportações

Ações da Oi disparam após Justiça suspender decreto de falência

Decisão de desembargadora devolve a Oi ao processo de recuperação judicial e provoca forte disparada das ações nesta sexta (14)

Mais Notícias

Recomendadas