A Prefeitura do Rio, através da Secretaria de Ação Comunitária, vai entrar na vulnerabilidade das moradias com o Casa Carioca e chegar àqueles que realmente estão escondidos pela invisibilidade.
O projeto executa melhorias nos domicílios construídos nas comunidades que já sofreram
processo de urbanização cujas famílias foram apontadas pelo Programa Territórios
Sociais.
A previsão para 2022 é de 8 mil domicílios a serem contratados e 3 mil executados
totalizando 20 mil até 2024. O orçamento para essas 20 mil casas é de 280 milhões
em 3 anos, em média 14 mil reais por unidade. Entre as favelas contempladas este
ano estão o Morro da Providência, Pedra Lisa, Vila Kennedy, Complexos da Penha, da
Maré, Alemão e Jacarezinho. As moradias na Cidade de Deus, Complexo do Chapadão,
Pedreira, Lins e Rocinha serão reformadas nos próximos 3 anos.
O critério de elegibilidade adotado pela Prefeitura exige que todas as favelas estejam no
programa Territórios Sociais – feito em parceria com o ONU-Habitat que possui o objetivo
de identificar as famílias que estão “invisíveis”. Ou seja, aquelas que até o momento não
foram inseridas em ações socioassistenciais do município. As favelas selecionadas estão
dentro do Índice de Desenvolvimento Social (IDS) do IPP (Instituto Municipal de
Urbanismo Pereira Passos), de 0,55.
Serão priorizadas com o investimento do Casa Carioca as famílias comandadas por
mulheres, com membros idosos, pessoas com deficiência, portadoras de doenças graves
e com maior número de moradores (igual ou maior que três habitantes utilizando o
mesmo cômodo). Ainda àquelas com renda mensal de até 3 salários mínimos e
cadastradas no Cadúnico, residentes no município há pelo menos 3 anos e que possuam
um único imóvel fora de área de risco.
As obras proporcionarão melhorias como troca de telhado, abertura de janelas para
aumentar a ventilação, instalação de banheiros, acessibilidade às casas para idosos
e deficientes, colocação de piso, entre outros. O início das obras está previsto para o
próximo semestre. O CASA CARIOCA vai além de parede, cimento e estrutura, é
a valorização da autoestima, saúde e dignidade dos moradores
