Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com os reitores das universidades federais para esta quinta-feira no Palácio do Planalto.
O encontro discutirá a greve dos professores e técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior, que começou em 15 de abril e já atinge 60 universidades e mais de 560 colégios federais.
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O que você precisa saber
- Greve: Iniciada em 15 de abril, afeta 60 universidades e mais de 560 colégios federais.
- Reunião: Lula se encontra com reitores das universidades federais no Palácio do Planalto.
- Propostas de reajuste: Servidores propuseram aumentos em 2024, 2025 e 2026, enquanto governo oferece reajustes em 2025 e 2026.
- Próximos encontros: Novas reuniões previstas para 11 e 14 deste mês para discutir as reivindicações.
Impasses na negociação
Na última segunda-feira (3), o governo federal e as entidades sindicais representativas dos professores das universidades federais realizaram uma reunião para tentar chegar a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria. A proposta dos servidores inclui reajustes de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. O governo, no entanto, propõe apenas dois reajustes: 9% em 2025 e 3,5% em 2026, alegando limitações orçamentárias.
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Pressão dos Sindicatos
As entidades sindicais recusaram a proposta do governo, mantendo a vigília no Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para pressionar por uma reunião com a ministra Esther Dweck. Os servidores técnico-administrativos e os professores terão novos encontros com o governo nos dias 11 e 14 deste mês, respectivamente, para continuar as negociações.
Pauta de Reivindicações
As principais demandas incluem a recomposição salarial e orçamentária das instituições federais de ensino, a reestruturação das carreiras e a revogação de normas aprovadas durante os governos Temer e Bolsonaro. A greve, que já dura quase dois meses, destaca a insatisfação dos servidores com a situação atual das universidades federais.