Marcha da Maconha em SP discute violência e encarceramento

Protesto na Avenida Paulista foca na proibição da maconha e suas consequências sociais

JR Vital
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Concentração está marcada para início da tarde deste domingo (16). Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

São Paulo – O encarceramento em massa e a violência policial nas comunidades mais pobres são os temas centrais da Marcha da Maconha deste ano em São Paulo.

Com o lema “Bolando o Futuro sem Guerra”, a manifestação começou na tarde deste domingo (16) em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e seguiu pela Rua Augusta até a Praça da República.


O que você precisa saber:

  • Foco do protesto: Marcha da Maconha aborda violência e encarceramento.
  • Concentração e trajeto: Manifestação iniciou no Masp e seguiu até a Praça da República.
  • Denúncia de racismo: Proibição da maconha é vista como pretexto para perseguir a população negra.
  • Contexto global: Legalização da maconha avança em diversos países.

Denúncia de racismo e violência

O movimento critica a proibição da maconha como pretexto para a perseguição da população negra nas periferias. “A proibição sustenta a indústria das armas, prisões e chacinas. É uma ideologia racista que alimenta mercados armados e violentos”, afirma o manifesto da marcha de 2024.

Vozes da marcha

Rebeca Lerer, militante da Marcha da Maconha há 16 anos, destacou a desinformação sobre a planta. “Diversas pesquisas mostram que a maconha tem aplicações medicinais, mas há uma máquina de desinformação contra”, afirma Rebeca.

Contexto internacional

A legalização da maconha está em pauta em várias partes do mundo. Recentemente, a Alemanha legalizou o consumo adulto e a produção doméstica da planta. Outros países, como África do Sul, Uruguai, Canadá e parte dos Estados Unidos, também descriminalizaram a maconha.

Modelos de legalização

Rebeca Lerer comenta os diferentes modelos de legalização ao redor do mundo, variando entre abordagens capitalistas, que priorizam grandes investidores, e modelos que favorecem cooperativas e cultivadores caseiros.

Debate no Brasil

No Brasil, a discussão sobre drogas está em destaque no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023, que criminaliza o porte ou posse de qualquer quantidade de droga, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A PEC ainda precisa ser analisada em uma comissão especial e no plenário.

O STF também está julgando uma ação que descriminaliza o porte de maconha para uso pessoal. A análise foi interrompida por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, com cinco votos favoráveis e três contrários até o momento.


Com informações da AG. Brasil

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.