O traficante Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes, não compareceu para instalar a tornozeleira eletrônica, como exigido pela progressão de sua pena. Ele tinha um prazo de cinco dias para se apresentar à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) para a instalação do dispositivo, mas não o fez e está desaparecido.
No início deste mês de julho, Zeu deixou o Instituto Penal Vicente Piragibe, em Bangu, Zona Oeste do Rio, após ser transferido do regime fechado para a prisão domiciliar. A Seap informou que o caso foi comunicado à Justiça.
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Zeu era o único réu ainda preso pelo assassinato de Tim Lopes, ocorrido em junho de 2002. Lopes, o jornalista com mais de 30 anos de carreira, foi capturado, torturado e executado por traficantes do Complexo do Alemão enquanto investigava abusos e tráfico de drogas. O julgamento dos envolvidos, que culminou em um processo de 13 volumes, é um dos maiores já realizados no Judiciário fluminense.
Sete traficantes foram condenados pelo crime. Dois deles já morreram e três cumpriram parte da pena e foram liberados. O sétimo condenado, Ângelo Ferreira da Silva, conhecido como Primo, estava foragido desde 2013 por roubo. Elias Maluco, considerado mandante do assassinato de Lopes, também faleceu; ele foi encontrado morto com marcas de enforcamento no presídio federal de Catanduvas, no Paraná.