O campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vivenciou um novo episódio de tensão na manhã desta quinta-feira (15), com o segundo dia consecutivo de ocupação por estudantes. O protesto é uma reação ao Ato Executivo 38/2024, popularmente conhecido como “AEDA da Fome”, que os alunos alegam ter afetado gravemente seus direitos.
De acordo com relatos, o movimento busca pressionar a administração universitária a revogar a medida e restaurar as bolsas de permanência para estudantes carentes. A situação no campus é marcada por cadeiras quebradas e confrontos entre os estudantes e seguranças, com registros de agressões.
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Os manifestantes afirmam que a ocupação continuará até que suas exigências sejam atendidas, incluindo a cessação imediata da violência contra os participantes e a abertura de um canal de negociação legítimo com a reitoria.
O que diz a Uerj
Em nota enviada ao Diário Carioca, a Uerj respondeu à ocupação: “Após a ocupação das salas da Reitoria, no dia 26 de julho, e de diversas tentativas de negociação com os estudantes do movimento, ontem à noite as entradas do Pavilhão João Lyra Filho, no campus Maracanã, foram obstruídas, em um novo ato que se valeu do uso de bombas e intimidações aos agentes de segurança da Uerj”.
A universidade informou que, em decorrência dos recentes eventos, a Reitoria determinou a abertura de uma sindicância interna para apurar os novos fatos e está discutindo ações jurídicas para garantir o pleno funcionamento da instituição. “A ocupação com a obstrução é inaceitável, pois causa prejuízos acadêmicos e administrativos à Uerj, comprometendo, inclusive, o próprio pagamento de bolsas e auxílios”, disse a nota. A gestão da universidade expressou preocupação com as implicações desses atos na execução de suas atividades essenciais.
A Uerj também comunicou que as aulas e o expediente administrativo foram suspensos nesta quinta-feira (15). A universidade acrescentou que, antes da obstrução das entradas, uma comissão de representantes da Uerj se reuniu com o movimento de ocupação em diversas ocasiões nos últimos dez dias, mas as propostas para resolver o impasse foram todas rejeitadas pelos estudantes.