Rio de Janeiro — Uma extensa nuvem de fumaça, originada pelos incêndios na Amazônia, tem se espalhado por diversas regiões do Brasil e países vizinhos, afetando a qualidade do ar e a visibilidade. Com 14.250 focos de incêndio registrados no primeiro semestre de 2024, a situação se agrava em cidades como Manaus, Porto Velho e Porto Alegre.
Resumo da Notícia
- Corredor de Fumaça: A nuvem de poluição originada na Amazônia já se estende de Manaus a Porto Alegre, atingindo também países como Peru, Bolívia e Paraguai.
- Impacto na Saúde: A Fiocruz Amazônia alerta para o agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares em áreas afetadas, especialmente em Manaus.
- Fenômeno Recorrente: Eventos semelhantes já ocorreram em anos anteriores, como no Pantanal em 2020, devido a queimadas.
- Expectativa de Melhoras: Temporais previstos no sul do Brasil podem ajudar a dispersar a fumaça nos próximos dias.
A Situação Atual
Imagens de satélite da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) revelam uma nuvem de fumaça densa se espalhando desde Manaus, no Amazonas, até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Essa fumaça, que avança a mais de 1,6 milhão de quilômetros por hora, tem causado sérios problemas de qualidade do ar em diversas regiões.
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No primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou um número recorde de queimadas na Amazônia, com 14.250 focos de incêndio. Em cidades como Porto Alegre, a fumaça já diminuiu a visibilidade, enquanto Porto Velho apresenta os piores índices de qualidade do ar desde o início de agosto.
O Impacto na Saúde
A Fiocruz Amazônia emitiu um comunicado alertando sobre os riscos à saúde, recomendando o uso de máscaras com filtro em Manaus. O epidemiologista Jesem Orellana destaca que a exposição à fumaça pode agravar doenças respiratórias e cardiovasculares, como asma e rinite, e até provocar Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Expansão da Fumaça
O mapa divulgado pela NOAA mostra a concentração de partículas de poeira e fumaça, que se deslocam da Amazônia até o Rio Grande do Sul. Esse fenômeno, apelidado de “rios voadores” pela meteorologista Estael Sias, não é novo. Eventos similares ocorreram em anos anteriores, como em 2020 no Pantanal.
Previsão para os Próximos Dias
A expectativa é que uma massa de ar polar, prevista para chegar ao sul do Brasil a partir de quinta-feira (22), traga chuvas que possam dispersar a fumaça. Em Porto Alegre, a situação é menos grave do que em Manaus e Porto Velho, mas a cidade ainda enfrenta dias de céu cinzento.
Perguntas Frequentes sobre a Fumaça da Amazônia
1. Quais são os principais riscos à saúde causados pela fumaça?
- A fumaça pode agravar doenças respiratórias e cardiovasculares, como asma, rinite, e pode provocar Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
2. Qual é a extensão da nuvem de fumaça?
- A fumaça se estende desde Manaus, no Amazonas, até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, afetando também países vizinhos como Peru, Bolívia e Paraguai.
3. O que pode ajudar a dispersar a fumaça nos próximos dias?
- A chegada de uma massa de ar polar no sul do Brasil, que deve trazer chuvas, pode ajudar a melhorar a qualidade do ar nas regiões afetadas.