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sábado, janeiro 11, 2025
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Adolescente é estuprada por irmão e torturada ao denunciar para os pais

Três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no estupro e a tortura de menina de 16 anos. O caso foi registrado em Ibura, Zona Sul de Recife. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a jovem foi acorrentada ao contar que foi estuprada pelo próprio irmão. O crime teria sido cometido em novembro de 2023. Segundo relato da vítima, ela ainda foi torturada pelos pais para “confessar” que a relação sexual foi consensual.

Em depoimento, a jovem contou ser constantemente assediada pelo suspeito, que é seu irmão por parte de pai e com quem convive desde a infância. Contudo, no dia do estupro, ele a agarrou à força. Ela diz ter tentado se defender, mas não conseguiu.

De acordo com o delegado Geraldo Costa, da Delegacia Especializada de Crimes contra Criança e Adolescente (DECCA), “Ele manteve relação sexual contra a vontade dela”. Na época, o agressor tinha 18 anos e a vítima 15.

Uma semana de tortura

A filha contou o ocorrido à sua mãe. Entretanto, a mulher não acreditou e decidiu prendê-la em casa com correntes e cadeado. No local, a adolescente foi monitorada por uma câmera de segurança e só era solta para ir ao banheiro ou realizar afazeres domésticos.

Segundo a Polícia Civil, a vítima também sofreu espancamentos com golpes de fio de carregador de celular na região das coxas. A intenção da mãe era forçar a adolescente a admitir que a relação sexual foi consentida. De acordo com os investigadores, o pai tinha conhecimento do crime de tortura.

Ao todo, a menina ficou uma semana acorrentada e só foi liberta quando as marcas das agressões desapareceram. Enquanto isso, os pais ajudaram o suspeito de estupro a se esconder na casa de parentes, na região de Recife.

“O caso parece da Idade Média, quando havia calabouços. A criança ficou acorrentada para não denunciar o abuso sexual do irmão paterno”, declarou o delegado Darlson Freire, responsável pelo Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).

Prisão dos familiares

Segundo informações do Diário de Pernambuco, como a vítima continuava afirmando ter sido violentada – mesmo após uma semana de cárcere e agressões – os pais resolveram fazer a denúncia de estupro à polícia. Contudo, a menina não deveria relatar que ficou presa e apanhou.

Após o registro, foram iniciadas as investigações e a perícia confirmou que houve “conjunção carnal”. Duas semanas, a jovem achou imagens que provavam as agressões no celular da mãe. Acompanhada de uma professora, a adolescente foi à DECCA fazer a denúncia.

Os pais foram presos preventivamente acusados de tortura. O estuprador, irmão da adolescente, também foi preso e responde por crime sexual. Com consequência, a menina ficou sob os cuidados de uma tia.

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