Os incêndios florestais na cidade do Rio de Janeiro dispararam 83,2% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Corpo de Bombeiros, a capital registrou 4.171 ocorrências no período.
De acordo com o levantamento feito pelo Diário Carioca junto ao Corpo de Bombeiros, a Zona Oeste é a mais afetada, com 2.727 casos. A Zona Norte registrou 1.157 incêndios, enquanto o Centro e a Zona Sul contabilizaram 167 e 120 ocorrências, respectivamente.
A atuação do Corpo de Bombeiros tem sido crucial no combate aos incêndios, com equipes operando tanto por terra quanto pelo ar, utilizando aeronaves, drones e viaturas especializadas para controlar os focos de fogo.
Além das ações diretas, a corporação tem intensificado campanhas de prevenção, usando redes sociais para alertar a população sobre os riscos e as causas dos incêndios.
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Segundo o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros, 95% dos incêndios florestais no Rio de Janeiro têm origem humana, seja por motivos acidentais ou intencionais.
“O balão é um dos vilões, balão é crime, não soltem balões, isso é muito importante. A gente precisa entender que o mato, inicialmente, não pega fogo sozinho. Raras as exceções. Para o mato se incendiar, tem que estar entre 260 e 400 graus Celsius. Isso não acontece no dia a dia, mesmo com dias muitos quentes. Por isso que a ação do homem está sempre ali e a prevenção é muito importante”, explicou Contreiras.
Prevenção de incêndios florestais
Durante o período de estiagem, de maio a outubro, há um aumento significativo na incidência de incêndios florestais no Rio de Janeiro. A combinação de tempo seco e falta de chuvas facilita a propagação do fogo, ameaçando o meio ambiente e a fauna local.
Entre as principais causas estão práticas como a renovação do pasto na agricultura, que pode desencadear grandes incêndios. A queima de lixo, além de ilegal, é extremamente perigosa e contribui para o agravamento da situação. Outras ações, como o lançamento de balões e o descarte de guimbas de cigarro, também representam riscos significativos para o início de incêndios florestais.
Com o aumento expressivo no número de ocorrências, a prevenção e a conscientização da população são essenciais para reduzir os impactos dos incêndios e proteger as áreas verdes da cidade do Rio de Janeiro.