O atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil), foi reeleito no primeiro turno com 78% dos votos, em Salvador, Bahia. Ele foi seguido por Kleber Rosa (PSOL) e Geraldo Júnior (MDB), os dois com cerca de 10%. Entretanto, as eleições não são feitas apenas pelos mais bem colocados.
Na outra ponta da tabela, o último lugar na capital baiana foi Silvano Alves (PCO). No caso, ele conquistou 190 votos, mas esse número não contou com o do próprio candidato. Em declaração à TV Bahia – na última quinta-feira (3) – ele fez jus ao nome da sua legenda, Partido da Causa Operária (PCO). Ele agradeceu a confiança dos eleitores, mas explicou que não votaria por estar trabalhando no domingo (6), em São Paulo.
“Já não estou em Salvador há um bom tempo. […] Estou com serviço aqui [na capital paulista] e não posso deixar para ir em Salvador para votar, então, achei mais fácil justificar”. E complementou: “E essa votação que vou ter aí em Salvador, essa porcentagem de voto que vou ter, no meu caso, não interfiro em nada” – refletiu.
Silvano Alves oficializou sua candidatura após as convenções partidárias, encerradas no dia 5 de agosto. Entretanto, o PCO não realizou um evento para o lançamento oficial da campanha para a Prefeitura de Salvador. Também não foi divulgada sua agenda de campanha durante o período eleitoral.
Segundo o jornal A Tarde, no dia 31 de agosto, a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura do PCO, em função de problemas na documentação exigida pela legislação. Contudo, foi constatado no site Divulgacand – portal onde é possível verificar os partidos e candidatos que disputaram as eleições municipais – que Silvano aparece como apto ao pleito.
De qualquer forma, apesar de não ter comparecido às urnas devido à viagem – e também à sabatina promovida pela TV Bahia (veja abaixo) – o militante da causa operária totalizou 190 votos. Segundo o candidato, apesar do resultado modesto, o mérito é do PCO.
“A única coisa que eu tenho para falar é que, para quem não fez campanha, para quem não fez nada, eu não tenho nada a ver com esses 190 votos. Não trabalhamos em favor de candidato, trabalhamos sempre em favor do partido”. E finalizou: “Os votos são do partido e não de Silvano, porque Silvano não se envolve com nada. Silvano trabalha em favor da construção, de um partido independente e operário, das mulheres, dos jovens, dos negros e dos índios” – refletiu.