Troféu Redentor: Festival do Rio consagra ‘Baby’ e ‘Malu’

Na 26ª edição do Festival do Rio, a surpresa maior da noite ficou por conta do empate na categoria de Melhor Filme

André Luiz
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Rio de Janeiro – O glamour tomou conta do Cine Odeon, no centro do Rio de Janeiro, neste domingo (13), durante a aguardada cerimônia de entrega do Troféu Redentor. Na 26ª edição do Festival do Rio, a surpresa maior da noite ficou por conta do empate na categoria de Melhor Filme entre “Baby“, dirigido por Marcelo Caetano, e “Malu“, de Pedro Freire, que dividiram o prêmio principal.

A cerimônia, que celebra o cinema brasileiro em toda sua diversidade, trouxe uma energia especial, conduzida pelos apresentadores Juan Paiva e Fabíula Nascimento, cuja conexão no palco foi um show à parte.

Em meio ao calor do público carioca e ao clima de celebração, a noite de premiação do Festival do Rio foi marcada por performances e discursos emocionantes. A diretora do festival, Ilda Santiago, destacou em sua fala o papel vital do cinema para a cultura nacional.

“Esse festival é feito para o cinema brasileiro, feito para o público. Viva Eduardo Paes!”, declarou, elogiando a gestão da prefeitura do Rio de Janeiro e ressaltando a importância de lotar as salas de cinema com produções nacionais.

Juliana Carneiro e Carol Duarte dividem o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por "Malu" - Foto: Paulo Monteiro / Diário Carioca
Juliana Carneiro e Carol Duarte dividem o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por “Malu” – Foto: Paulo Monteiro / Diário Carioca

Entre os principais destaques da noite, “Baby” e “Malu” não apenas dividiram o prêmio de Melhor Filme, mas foram protagonistas em diversas categorias. “Malu” levou Yara de Novaes ao prêmio de Melhor Atriz e também garantiu o troféu de Melhor Roteiro para Pedro Freire.

Já “Baby” brilhou na direção de arte com o trabalho de Thales Junqueira e na categoria de Melhor Ator, premiando João Pedro Mariano.

João Pedro Mariano vence como Melhor Ator por "Baby" - Foto: Paulo Monteiro - Diário Carioca
João Pedro Mariano vence como Melhor Ator por “Baby” – Foto: Paulo Monteiro – Diário Carioca

Prêmio Félix

A diversidade também teve seu lugar de destaque, com o Prêmio Félix voltado à representatividade LGBTQIAPN+. Bruna Linzmeyer, que atua em “Baby”, emocionou a plateia ao falar da importância da representatividade.

“É de um orgulho imenso ser sapatão, ser parte dessa comunidade. ‘Baby’ é sobre isso, sobre a forma como vivenciamos o mundo e como isso molda o nosso olhar e a nossa arte”, falou a atriz.

Confira os vencedores no Festival do Rio

Première Brasil

  • Prêmio Especial do Júri: Jamilli Correa, por Manas
  • Melhor Curta-Metragem: A Menina e o Pote, de Valentina Homem
  • Melhor Longa-Metragem Documentário: 3 Obás de Xangô, de Sérgio Machado
  • Melhor Longa-Metragem de Ficção (prêmio duplo): Baby, de Marcelo Caetano, e Malu, de Pedro Freire
  • Melhor Direção de Documentário: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, por A Queda do Céu
  • Melhor Direção de Ficção: Luciano Vidigal, por Kasa Branca
  • Melhor Ator: João Pedro Mariano, por Baby
  • Melhor Atriz: Yara de Novaes, por Malu
  • Menção Honrosa para Diana Mattos, por Betânia
  • Melhor Ator Coadjuvante: Diego Francisco, por Kasa Branca
  • Melhor Atriz Coadjuvante (prêmio duplo): Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha, por Malu
  • Melhor Direção de Arte: Thales Junqueira, por Baby
  • Melhor Fotografia: Arthur Sherman, por Kasa Branca
  • Melhor Montagem: Peterkino, por Salão de Baile
  • Melhor Roteiro: Pedro Freire, por Malu
  • Melhor Som: Marcos Lopes, Guile Martins e Toco Cerqueira por A Queda do Céu
  • Melhor Trilha Sonora Original: Fernando Aranha e Guga Bruno, por Kasa Branca e Quando Vira a Esquina

Competição Novos Rumos

  • Melhor Curta-Metragem: Carne Fresca, de Giovani Barros
  • Menções Honrosas para os Curta-Metragens: O Céu Não Sabe Meu Nome, de Carol AÓ, e E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa
  • Melhor Longa-Metragem: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes
  • Melhor Direção: Davi Pretto, por Continente
  • Melhor Ator: Reynier Morales, por O Deserto de Akin
  • Melhor Atriz: Mayara Santos, por Ainda Não É Amanhã
  • Prêmio Especial do Júri: Paradeiros, de Rita Piffer

Prêmio Felix

  • Melhor Documentário: A Bela de Gaza (La Belle de Gaza), de Yolande Zauberman
  • Melhor Filme Brasileiro: Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim
  • Melhor Filme Internacional: Tudo Vai Ficar Bem (All Shall Be Well), de Ray Yeung
  • Menção Honrosa para os Documentários: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr., e Salão De Baile, de Juru e Vitã
  • Prêmio Especial do Júri: Baby, de Marcelo Caetano

Com uma noite de celebração ao cinema nacional, o Festival do Rio mais uma vez reafirma seu compromisso com a diversidade, a arte e o público, mostrando que o cinema brasileiro continua a encantar e transformar olhares.

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