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Braga Netto preso: silêncio e reações moderadas do entorno de Bolsonaro

Rio de Janeiro – A prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro, gerou reações tímidas no núcleo bolsonarista.

Até o início da noite deste sábado, o silêncio prevaleceu entre os principais aliados do ex-presidente, incluindo seus filhos, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro.

Apenas Eduardo Bolsonaro abordou o tema em uma publicação nas redes sociais, compartilhando uma fala da deputada Bia Kicis (PL-DF) à CNN, onde ela mencionou possíveis interesses em prender Bolsonaro. “Falando para a mídia brasileira exatamente o que levamos para o mundo inteiro”, escreveu ele.

Reações dentro do PL

Entre os parlamentares da bancada do PL, um levantamento do jornal O Globo identificou que apenas 21 se manifestaram em defesa de Braga Netto: 19 deputados e dois senadores. Alguns comentários criticaram diretamente a operação da Polícia Federal.

No Senado, os senadores Jorge Seif (SC) e Marcos Rogério (RO) reagiram. Seif afirmou que a prisão desviava a atenção do estado de saúde do presidente Lula, que recentemente passou por uma cirurgia no cérebro. Marcos Rogério argumentou que a prisão era motivada por “vingança” e não por justiça.

Na Câmara dos Deputados, nomes como Bia Kicis e Bibo Nunes também se posicionaram. Kicis afirmou que o verdadeiro golpe está na suposta perda da “liberdade de questionar o sistema”. Bibo Nunes defendeu Braga Netto, dizendo que ele “jamais falou em golpe de Estado”.

Falas de outros deputados

Outros parlamentares destacaram suspeitas sobre as motivações da operação. O deputado Gustavo Gayer (GO) classificou a prisão como baseada em “fofoca”. “Prender um general de quatro estrelas deveria ocorrer apenas quando as provas fossem irrefutáveis, o que não aconteceu”, declarou.

No mesmo tom, o deputado Coronel Meira (PE) afirmou que a acusação de tentativa de golpe de Estado carecia de fundamentos. Já o parlamentar Delegado Caveira (PA) afirmou que a “direita vem sendo caçada” no país.

Ausência de Valdemar Costa Neto

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, também optou por não comentar o assunto. Durante uma coletiva em São Luís, capital do Maranhão, ele não abordou a prisão de Braga Netto. Essa postura diverge da tradicional defesa enfática de aliados por parte do núcleo bolsonarista.

Operação e contexto

Braga Netto foi preso por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A investigação da Polícia Federal aponta o general como peça-chave no suposto planejamento. Apesar disso, a defesa política dos aliados tem buscado deslegitimar as acusações.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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