© Joedson Alves/Agencia Brasil

Rio Claro – São Paulo – A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, permanece presa há quase dois anos após ser identificada como responsável pela pichação da estátua “A Justiça”, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), durante os ataques de 8 de janeiro de 2023. Mesmo com o pedido de desculpas feito pela própria Débora ao ministro Alexandre de Moraes, a Corte rejeitou repetidamente seus pedidos de liberdade.

Débora, mãe de duas crianças de 6 e 11 anos, foi detida em março de 2023 e se encontra no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, no interior de São Paulo. Ela alegou não ter noção do valor material e simbólico da estátua, que é avaliada entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões. Segundo a acusada, sua intenção não era danificar o patrimônio.

Pichação na estátua e acusações

Em 8 de janeiro de 2023, a estátua foi pichada com batom vermelho, e a frase escrita fazia referência ao ministro Luís Roberto Barroso: “Perdeu, mané. Não amola!”. Após os ataques, a obra foi limpa, mas Débora se tornou ré em agosto de 2023, enfrentando graves acusações, como associação criminosa armada e tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.

Apesar de não ter antecedentes criminais e de possuir residência fixa, as solicitações de liberdade de Débora continuam sendo negadas. Sua defesa argumenta que ela não entrou nos edifícios depredados, não tem vínculos com partidos políticos ou grupos extremistas, e que sua prisão tem gerado um forte impacto emocional em seus filhos.

Críticas à decisão judicial

A última decisão do STF, tomada pela Primeira Turma, manteve a prisão preventiva de Débora. O ministro Alexandre de Moraes destacou a gravidade das acusações como razão para não permitir a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

A irmã de Débora, Cláudia Rodrigues Leal, expressou indignação sobre a decisão. Ela afirmou que a cabeleireira foi “esquecida” na prisão e descreveu que Débora divide a cela com 13 outras mulheres, realiza trabalhos internos e participa de cultos religiosos aos sábados. Cláudia questionou: “Que risco ela representa à sociedade por ter escrito em uma estátua com batom?”

Investigação adicional

Em novembro de 2024, o nome de Débora Santos voltou a ser mencionado quando a polícia encontrou um recado escrito com batom próximo à mesma estátua, relacionado a um atentado a bomba. Embora a coincidência tenha gerado especulações, as investigações não apontaram qualquer ligação entre os dois casos.

Entenda o caso:

  • Pichação na estátua “A Justiça”: Débora Rodrigues dos Santos pichou a obra em 2023, levando à sua detenção.
  • Pedido de desculpas: A acusada escreveu uma carta de desculpas ao ministro Alexandre de Moraes.
  • Acusações: Débora responde por associação criminosa armada e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.
  • Impacto familiar: A defesa argumenta que a prisão afeta emocionalmente seus filhos, e a irmã de Débora criticou a manutenção da prisão preventiva.
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JR Vital - Diário Carioca

JR Vital

JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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