Washington – O Pentágono reafirmou que os Estados Unidos estão prontos para um eventual conflito militar com a China, caso seja necessário. A declaração ocorreu após Pequim ameaçar retaliar com tarifas em resposta às medidas comerciais americanas.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse na Fox News que o país deve manter sua força militar para evitar confrontos. Segundo ele, “aqueles que desejam a paz devem se preparar para a guerra”.
Crescente disputa comercial
Os atritos entre EUA e China aumentaram depois que o governo americano decidiu dobrar as tarifas sobre importações chinesas, de 10% para 20%. Essas medidas se somam aos impostos de até 25% já aplicados desde 2018.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que Pequim não recuará. O porta-voz Lin Jian declarou que o país está pronto para lutar até o fim, seja em uma guerra tarifária, comercial ou de outra natureza.
Reação de Pequim
O governo chinês aplicou tarifas de 10% a 15% sobre produtos agropecuários e alimentícios americanos. Além disso, impôs restrições de exportação e investimento a 25 empresas dos EUA, alegando questões de segurança nacional.
Pequim também acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmando que as tarifas americanas violam as regras internacionais. O governo chinês solicitou que os EUA resolvam a disputa por meio do diálogo.
Estratégia militar americana
Para Hegseth, os EUA precisam estar preparados para evitar conflitos. “Vivemos em um mundo perigoso, com países que têm ideologias diferentes e estão modernizando rapidamente suas forças armadas”, afirmou.
O secretário ressaltou que os investimentos em defesa são essenciais para manter a posição estratégica dos EUA no cenário global. Além disso, destacou que o presidente Donald Trump mantém uma boa relação com o líder chinês Xi Jinping, apesar das tensões.
Entenda a disputa entre EUA e China
- Aumento de tarifas: Os EUA elevaram impostos sobre produtos chineses para 20%.
- Reação da China: Pequim impôs tarifas sobre produtos americanos e restringiu empresas dos EUA.
- Tensão política: Washington alerta para a necessidade de manter sua força militar.
- OMC acionada: A China recorreu à entidade para questionar as tarifas americanas.