Brasília – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro sugeriram que ele procure asilo na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília após seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), viajar para os EUA e declarar que não retornará ao Brasil. O parlamentar afirmou ser vítima de “perseguição política” no país e decidiu permanecer no exterior.
O jornalista bolsonarista Rodrigo Constantino foi um dos primeiros a apoiar a permanência de Eduardo Bolsonaro nos EUA, afirmando que o ex-presidente deveria buscar abrigo na embaixada americana. Em suas redes sociais, ele declarou que a situação política no Brasil não comporta “normalidade”, destacando a necessidade de exilados para a resistência.
O apoio a Eduardo e a sugestão de asilo
A sugestão de asilo foi reforçada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que compartilhou o post de Rodrigo Constantino nas redes sociais. Nikolas afirmou que a situação no Brasil é “anormal e tirânica” e que a derrota do ex-presidente seria uma “tragédia”. Ele também lembrou de sua frase durante a campanha, quando alertava para as consequências de uma possível derrota de Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro, que viajou para os EUA no final de fevereiro, tem se dedicado a articular sanções contra o ministro Alexandre de Moraes (STF). Ele anunciou em 18 de março que não retornará ao Brasil e manifestou sua intenção de pedir asilo político ao governo de Donald Trump.
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Reação de Jair Bolsonaro e desdobramentos políticos
Jair Bolsonaro se emocionou ao falar sobre a decisão do filho, destacando que Eduardo está em um “momento de patriotismo” e combatendo o que ele considerou ser um regime “nazifascista”. Contudo, o ex-presidente evitou responder a perguntas sobre uma possível ida aos Estados Unidos, fugindo do tema em sua declaração.
A decisão de Eduardo Bolsonaro foi acompanhada de um pedido de parlamentares petistas para apreender seu passaporte, em razão de supostos crimes contra a soberania nacional. Em resposta, Alexandre de Moraes solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse sobre a questão no mês passado.
O chefe da PGR, Paulo Gonet, se manifestou contra a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro, afirmando que o pedido não possuía “elementos informativos mínimos” para justificar a retenção do documento ou iniciar uma investigação.
Entenda o caso: O pedido de asilo e as repercussões políticas
- Eduardo Bolsonaro se refugiou nos EUA alegando perseguição política e declarou que não retornará ao Brasil.
- Aliados de Jair Bolsonaro sugerem que o ex-presidente busque abrigo na Embaixada dos EUA.
- O deputado Nikolas Ferreira e o jornalista Rodrigo Constantino apoiaram a sugestão de asilo.
- Eduardo Bolsonaro busca apoio nos EUA para ações contra o ministro Alexandre de Moraes.
- O pedido de apreensão de seu passaporte gerou reação da PGR, que se posicionou contra.