Buenos Aires – Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos de 8 de janeiro, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, fugiu para a Argentina. Ele solicitou asilo político, alegando ser alvo de “perseguição”. O pedido está sob análise do governo de Javier Milei.
Léo Índio, que disputou uma vaga na Câmara Municipal de Cascavel (PR) em 2024, deixou o Brasil há 22 dias. Ele utilizou o sobrenome “Léo Bolsonaro” ao apresentar sua solicitação às autoridades argentinas. Segundo a Comissão Nacional para os Refugiados (Conare), pelo menos 181 brasileiros pediram refúgio na Argentina entre janeiro e outubro de 2024.
STF torna Léo Índio réu por atos golpistas
A Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Léo Índio. Ele responde por envolvimento direto na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a PGR, existem provas de que ele esteve na Praça dos Três Poderes no momento dos ataques. Além disso, ele teria incentivado a permanência dos manifestantes no local e divulgado conteúdos de apoio aos atos golpistas.
O próprio Léo Índio alega que sua presença na invasão foi “mal interpretada”. Ele afirmou ter sido atingido por gás lacrimogêneo, justificando uma imagem sua com os olhos vermelhos durante o ocorrido.
Crimes e possíveis punições
A denúncia contra Léo Índio inclui os seguintes crimes:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Os crimes são previstos no Código Penal e na antiga Lei de Segurança Nacional. Caso condenado, ele pode enfrentar penas severas.
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Entenda o caso Léo Índio e o STF
- Léo Índio é acusado de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro.
- O STF aceitou a denúncia da PGR, tornando-o réu.
- Ele deixou o Brasil e pediu asilo político na Argentina.
- O governo de Javier Milei analisa sua solicitação.
- Se condenado, pode perder direitos políticos e cumprir pena de prisão.