Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do STF, definiu as datas para ouvir as testemunhas de defesa e acusação do ex-presidente Jair Bolsonaro, de Mauro Cid e de outros envolvidos nos atos golpistas de janeiro de 2023.
Entre os dias 19 de maio e 2 de junho, nomes como Tarcísio de Freitas, Hamilton Mourão e Anderson Torres darão suas versões sobre o suposto plano para impedir a posse de Lula.
Começam as oitivas dos réus
As primeiras testemunhas a falar serão as indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os depoimentos ocorrem no dia 19 de maio e incluem:
- Éder Magalhães Balbino, dono de empresa acusada de espalhar fake news sobre as urnas;
- Clebson Vieira, servidor que teria criado planilhas usadas para rastrear eleitores;
- Adiel Alcântara, ex-PRF suspeito de atrapalhar votações no segundo turno;
- Ibaneis Rocha, governador do DF;
- Freire Gomes e Baptista Júnior, ex-comandantes das Forças Armadas.
Testemunhas de Cid e Bolsonaro
No dia 22 de maio, será a vez dos nomes ligados a Mauro Cid, entre eles o ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda e o ex-assessor Luís Marcos Reis.
Já entre 30 de maio e 2 de junho, o foco será nas 15 testemunhas de Bolsonaro. Estão na lista:
- Tarcísio de Freitas, governador de SP;
- Hamilton Mourão, senador;
- Ciro Nogueira, Rogério Marinho, Eduardo Pazuello, entre outros ex-ministros;
- Gilson Machado, ex-Turismo;
- Freire Gomes, Arruda e Baptista Júnior, ex-comandantes militares;
- Técnicos e ex-assessores ligados ao governo anterior.
Outros réus e próximos passos
Além de Bolsonaro e Cid, outros seis aliados também viraram réus em março. O grupo foi apontado como parte do “núcleo 1” do plano golpista. São eles:
- Alexandre Ramagem, ex-Abin;
- Almir Garnier, ex-Marinha;
- Anderson Torres, ex-Justiça;
- Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto, ex-ministros.
As oitivas das testemunhas desses réus ainda serão agendadas. A expectativa é de que a ação penal seja concluída ainda em 2025.
