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Lula exorciza o golpe e celebra resistência democrática no Rio

Rio de Janeiro – Em tom firme e com a memória ainda viva dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (20) que o Brasil vive seu período mais duradouro de democracia.

Durante cerimônia no Palácio Capanema, no centro do Rio de Janeiro, para a entrega da Ordem do Mérito Cultural, Lula afirmou que, mesmo com as rachaduras institucionais e as feridas do passado recente, a democracia brasileira segue de pé — e, com um recado claro: “Se depender de todos nós aqui, esse país nunca mais haverá de sofrer um golpe.”


Lula rechaça o golpismo e reafirma a democracia

Diante de artistas, intelectuais e representantes da cultura brasileira, Lula foi direto ao lembrar que a tentativa de golpe, orquestrada pela extrema-direita bolsonarista, não só fracassou, como também fortaleceu a resistência democrática.

Estamos vivendo o tempo mais longevo de democracia nesse país“, afirmou o presidente. Ele ressaltou que o período iniciado nos anos 1980 segue sendo o mais estável, apesar das tentativas de ruptura institucional como a que se viu no 8 de janeiro.

Além disso, o discurso presidencial coincidiu com a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar a denúncia contra dez golpistas investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ainda assim, o STF rejeitou acusações contra dois militares — mais uma ferida aberta pela impunidade seletiva.


Cultura como trincheira contra o autoritarismo

A cerimônia marcou a reinauguração do Palácio Capanema e o retorno da Ordem do Mérito Cultural, extinta por Jair Bolsonaro entre 2019 e 2023, como parte de sua guerra declarada contra a cultura.

Neste ano, 112 personalidades e 14 instituições foram reconhecidas. Entre os homenageados estavam Marcelo Rubens Paiva, Walter Salles, Fernanda Torres, Alceu Valença, Xuxa, Aldir Blanc (in memoriam), Paulo Gustavo (in memoriam), e até a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que recebeu a mais alta honraria: o grau Grã-Cruz.

Margareth Menezes (Cultura), Anielle Franco (Igualdade Racial) e o prefeito Eduardo Paes também estiveram presentes. Paes, como bom carioca, fez um apelo bem-humorado: pediu que o Rio de Janeiro seja reconhecido como capital honorária do Brasil. “É a primeira vez que te peço algo que não custa dinheiro”, brincou.


Protesto à porta: Cultura exige valorização

Antes do início da solenidade, servidores do Ministério da Cultura realizaram uma manifestação pacífica, cobrando melhorias no plano de carreira da categoria. O ato serviu como lembrete de que a valorização simbólica não pode substituir conquistas concretas.


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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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