Janja - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Brasília — 9 de julho de 2025 – A primeira-dama Janja Lula da Silva criticou bolsonaristas que apoiaram as sanções impostas por Donald Trump ao Brasil e os chamou de “vira-latas”.


Janja não se cala. E por isso incomoda.

Foi diante de jornalistas, no Palácio do Itamaraty, enquanto o presidente da Indonésia se despedia de Lula, que Janja lançou a pergunta certeira: “Cadê meus vira-latas?” Não era improviso. Era recado. E como todo recado bem dado, doeu em quem merecia.

A frase repercutiu como um estilhaço entre parlamentares da extrema direita, que passaram os últimos dias elogiando as tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump contra o Brasil. Sanções que atingem diretamente o agronegócio, a indústria, o trabalhador brasileiro. E que, mesmo assim, viraram munição para bolsonaristas rirem, baterem palmas e, mais uma vez, colocarem os interesses dos EUA acima dos nossos.

A classe vira-lata veste a carapuça

Segundo o ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, a fala de Janja foi direcionada a esses setores da direita que “traem o país em troca de curtidas”. Não foi contra jornalistas. Não foi contra a oposição democrática. Foi contra os cúmplices declarados de Trump — o mesmo Trump que se atreveu a escrever uma carta ao presidente Lula em defesa de Jair Bolsonaro, hoje réu por tentar destruir as instituições brasileiras.

Enquanto bolsonaristas glorificam um presidente estrangeiro que tenta sabotar a economia nacional, Janja veste o que a história reserva a poucas mulheres públicas: a coragem de nomear a infâmia.

Evita no Planalto

A comparação pode parecer provocação — e é. Mas há paralelos legítimos entre Janja e Eva Perón. Ambas enxergadas como mulheres que ultrapassam o papel ornamental da primeira-dama. Ambas odiadas pelos que não suportam ver uma mulher politizada, carismática, de discurso claro e indignação sem verniz. Ambas defensoras dos pobres. Ambas hostilizadas por elites que tratam patriotismo como adereço.

Como Evita, Janja fala com os de baixo. E, como Evita, incomoda os de cima. Porque não está no cargo para sorrir ao lado do marido e desaparecer. Está para denunciar o entreguismo dos mesmos que, agora, a acusam de “exagero” por chamar de vira-lata quem torce contra o próprio país.

Patriotismo de fachada, soberania vendida

A resposta de Janja revela o que muitos fingem não ver: há no Brasil uma direita submissa que transforma qualquer movimento de potência estrangeira em símbolo de autoridade. Que se cala diante de um ataque à economia brasileira porque odeia mais o PT do que ama o país. Que aplaude tarifas contra o aço, a carne, o alumínio — não por ignorância, mas por conveniência ideológica.

Essa direita não é oposição. É apêndice da Casa Branca. Usa a bandeira nacional nos ombros, mas age como quinta-coluna. Contra essa farsa, a frase de Janja é mais do que um desabafo: é um diagnóstico.


O Diário Carioca Esclarece

  • O que motivou a fala de Janja?
    Bolsonaristas celebraram as sanções comerciais de Trump contra o Brasil, o que gerou reação da primeira-dama.
  • A quem se referia o termo “vira-latas”?
    Aos que, mesmo sendo brasileiros, comemoram medidas estrangeiras que prejudicam a economia nacional.
  • Trump mencionou Bolsonaro?
    Sim. Na carta a Lula, Trump exigiu o fim dos processos contra o ex-presidente e atacou o Supremo Tribunal Federal.

FAQ (Perguntas Frequentes)

O que Janja quis dizer com “vira-latas”?
Criticou bolsonaristas que apoiam ações estrangeiras contra o Brasil, traindo os interesses nacionais.

Ela se referia a jornalistas?
Não. O ministro da Secom confirmou que a frase mirava apoiadores de Bolsonaro que celebraram as tarifas de Trump.

Por que a fala teve tanta repercussão?
Porque expôs o caráter antipatriótico da extrema direita e provocou forte reação nas redes e no meio político.

Author
JR Vital - Diário Carioca

JR Vital

JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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