Será?

Apoio a Alckmin cresce como sucessor de Lula em 2026

por 3 de agosto de 2025
Lula e Vice-Presidente Geraldo Alckmin. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Lula e Vice-Presidente Geraldo Alckmin. Foto: Ricardo Stuckert / PR
Atualizado em 25/11/2025 01:43

Brasília — 3 de agosto de 2025 — A nova pesquisa Datafolha mostra que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ganhou força como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026, superando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas preferências dos eleitores que esperam uma indicação do atual mandatário.


Alckmin ultrapassa Haddad como favorito entre eleitores lulistas

De acordo com o levantamento, Alckmin subiu de 18% para 26% entre os eleitores que acreditam que Lula deve indicar um sucessor. No mesmo recorte, Fernando Haddad caiu de 37% para 29%. O crescimento do vice é atribuído ao destaque recente na condução da crise diplomática com os Estados Unidos (EUA), após o aumento de tarifas imposto pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros.

Mesmo sem conseguir barrar as medidas, a atuação de Alckmin nas negociações com autoridades americanas foi bem avaliada por setores do governo, que o veem como figura moderada e confiável dentro do Palácio do Planalto.

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Base aliada busca alternativas, mas nomes seguem atrás nas intenções

Outras opções dentro da base governista ainda enfrentam dificuldade para se firmar. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, aparece com 13% das menções, enquanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, registra 5%, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, apenas 3%.

Fernando Haddad sofre com desgaste no Congresso Nacional, agravado por medidas impopulares como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A avaliação negativa tem dificultado sua consolidação como principal nome da sucessão governista.


Direita sem Bolsonaro aposta em nomes da família e Tarcísio

Na oposição, Jair Bolsonaro (PL) permanece inelegível até 2030, mas mantém 30% de apoio como nome preferido da direita. Apesar disso, 67% dos eleitores afirmam que ele deveria apoiar outro candidato. Entre os cotados, destacam-se Michelle Bolsonaro (23%) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (21%), seguidos por Eduardo Bolsonaro (11%) e Flávio Bolsonaro (9%).


Tabela — Intenção de voto para sucessão de Lula (entre eleitores pró-indicação)

NomePercentual (2025)
Fernando Haddad29%
Geraldo Alckmin26%
Simone Tebet13%
Rui Costa5%
Gleisi Hoffmann3%

Fonte: Datafolha (2025), levantamento realizado nos dias 29 e 30 de julho com 2.004 entrevistados em 130 municípios. Margem de erro de dois pontos percentuais.


Tabela — Sucessão à direita após inelegibilidade de Bolsonaro

NomePercentual (2025)
Michelle Bolsonaro23%
Tarcísio de Freitas21%
Eduardo Bolsonaro11%
Flávio Bolsonaro9%

Fonte: Datafolha (2025), mesma amostra do levantamento anterior.


Entenda o embate entre Haddad e Alckmin pela sucessão de Lula

Por que Alckmin passou a ser visto como alternativa viável?
A atuação diplomática recente de Geraldo Alckmin diante do aumento de tarifas dos Estados Unidos reforçou sua imagem de equilíbrio e capacidade de negociação, atributos valorizados em um possível sucessor de Lula.

Qual o motivo da queda de Haddad nas preferências?
O ministro da Fazenda enfrenta resistência crescente no Congresso Nacional e teve sua imagem desgastada por medidas econômicas impopulares, como o aumento do IOF.

Há consenso no governo sobre a escolha do sucessor?
Ainda não. A base aliada está fragmentada e diferentes alas do Partido dos Trabalhadores (PT) e partidos coligados defendem nomes diversos, com destaque para Alckmin, Haddad e Tebet.

O favoritismo de Alckmin representa ruptura com o PT?
Não necessariamente. Apesar de ser filiado ao PSB, Alckmin mantém diálogo constante com lideranças petistas e atua de forma integrada ao governo.

Quais os próximos passos do PT na definição do sucessor?
A legenda deve intensificar as articulações internas nos próximos meses, buscando uma candidatura de consenso até o final de 2025, segundo lideranças partidárias ouvidas pelo Diário Carioca.


Possíveis desdobramentos na disputa pela sucessão

O fortalecimento de Geraldo Alckmin como plano B pode alterar o equilíbrio de forças dentro do governo e forçar o PT a reavaliar sua estratégia sucessória. A manutenção da alta rejeição ao ministro Fernando Haddad, somada à popularidade crescente de Alckmin, tende a ampliar o debate sobre o perfil desejado para dar continuidade ao atual projeto político. Nos bastidores, líderes partidários admitem que o vice-presidente passou a ser visto como um nome com potencial de unificação do campo governista em 2026.

JR Vital

JR Vital

JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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Original: Reprodução/Ag. Brasil

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