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Farsa Rachada

Eduardo Bolsonaro rompe com Valdemar e articula debandada do PL

Insatisfeito com Valdemar Costa Neto, deputado projeta racha bolsonarista e prepara nova legenda para 2026

Brasília, 8 de agosto de 2025 — O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidiu romper com o comando do Partido Liberal e já articula a saída de parlamentares bolsonaristas da sigla até as eleições de 2026. O movimento, segundo aliados, busca esvaziar o poder de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, e abrir caminho para a formação de uma legenda mais fiel ao núcleo radical da extrema direita.

A ruptura se aprofundou após desentendimentos durante o motim bolsonarista que paralisou o Congresso Nacional em julho. Eduardo Bolsonaro ficou irritado com relatos de que Valdemar teria tentado barrar a ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, estratégia usada para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF).


Bastidores de uma traição anunciada

O racha expôs um jogo de duplos discursos dentro do PL. Publicamente, Valdemar Costa Neto ainda acena à base bolsonarista, mas, nos bastidores, teria demonstrado desconforto com a radicalização. Para Eduardo, o dirigente atua para esvaziar a força da família Bolsonaro, mantendo o ex-presidente Jair Bolsonaro sob controle da sigla — ou até acelerando sua derrocada jurídica e política.

As críticas de Eduardo não param por aí. O deputado vê no marqueteiro Duda Lima, ligado à direção do partido, um articulador de ataques velados. Conteúdos negativos contra o clã Bolsonaro que circularam recentemente nas redes sociais teriam, segundo Eduardo, a digital de Duda — com o consentimento do próprio Valdemar.

Leia mais sobre a articulação bolsonarista na política nacional


Valdemar tenta conter desgaste

Fontes próximas ao presidente do PL afirmam que ele não se opôs diretamente ao motim bolsonarista, mas que prefere evitar confrontos abertos com o Judiciário. Após a paralisação, Valdemar buscou minimizar os estragos internos, fazendo elogios públicos à atuação dos parlamentares envolvidos.

Ainda assim, o movimento de Eduardo sinaliza uma ruptura irreversível. O projeto do deputado passa por formar uma nova sigla ou migrar para uma já existente, que possa servir de abrigo a uma bancada ideologicamente alinhada à retórica golpista e ultraconservadora que resiste ao isolamento político do bolsonarismo.


O que está em jogo

Por que Eduardo Bolsonaro rompeu com Valdemar?
Por considerar que Valdemar atua nos bastidores para enfraquecer o poder da família Bolsonaro e manter o controle do PL.

O que motivou a ruptura?
A atuação dúbia de Valdemar durante o motim no Congresso, além de ataques virtuais supostamente articulados por aliados do dirigente partidário.

Há risco de debandada no PL?
Sim. Eduardo trabalha para convencer parlamentares a deixarem o partido e migrar para uma legenda mais alinhada ao bolsonarismo raiz.

Como o PL reage à crise?
Com silêncio estratégico. Valdemar evita confrontos diretos, mas tenta preservar a imagem pública da sigla enquanto perde influência sobre parte da bancada.

Qual o impacto para 2026?
A divisão pode fragmentar a extrema direita e abrir espaço para novas composições partidárias entre bolsonaristas.


Cálculo eleitoral e isolamento bolsonarista

O movimento de Eduardo Bolsonaro revela o cálculo político de sobrevivência da extrema direita brasileira. Em vez de fortalecer um projeto coletivo, o clã aposta na lógica da fidelidade cega — e na eliminação de intermediários, como Valdemar. O risco, porém, é ampliar o isolamento e a fragmentação da base bolsonarista.

A tentativa de fundar ou dominar uma legenda própria mostra que, mesmo enfraquecido, o bolsonarismo ainda busca retomar o protagonismo institucional — custe o que custar.


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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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