A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um atestado médico que comprova sua ida ao Hospital DF Star, em Brasília, no último sábado (16).
O documento era exigência judicial para autorizar a saída temporária de Bolsonaro da prisão domiciliar.
Exames sob determinação judicial
Autorizado por Moraes, o ex-presidente deixou a residência na manhã de sábado para realizar dez exames clínicos. Entre os procedimentos constaram coleta de sangue e urina, tomografia abdominal e endoscopia.
Segundo os relatórios médicos, os exames investigaram sintomas de febre, tosse, refluxo gastroesofágico e crises de soluços. O resultado apontou infecções pulmonares recentes e persistência de problemas digestivos, como esofagite e gastrite.
Laudos confirmam necessidade de tratamento contínuo
De acordo com a equipe médica, os exames mostraram:
- Resquícios de duas infecções pulmonares associadas a episódios de broncoaspiração;
- Permanência de esofagite e gastrite, ainda que em intensidade reduzida;
- Indicação de tratamento contínuo para distúrbios cardiovasculares e metabólicos.
O atestado destaca que o ex-presidente deve manter acompanhamento para hipertensão arterial, doença aterosclerótica das carótidas e coronárias, dislipidemia e refluxo, com medidas preventivas contra broncoaspiração.
Retorno à prisão domiciliar
Após cerca de seis horas no hospital, Bolsonaro deixou a unidade sem falar à imprensa e retornou à prisão domiciliar em Brasília.
A autorização de saída foi restrita ao cumprimento da determinação judicial para exames, sob supervisão médica e monitoramento da Justiça.