Durante manifestação da extrema-direita na Avenida Paulista neste domingo (7), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a aprovação de uma anistia aos extremistas condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Em seu discurso, também reforçou apoio à candidatura de Jair Bolsonaro em 2026, apesar da inelegibilidade determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Tarcísio voltou suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “tirano”. O governador falou em “ditadura de um poder sobre outro” e afirmou que o país “em breve terá os seus presos políticos soltos após a anistia”.
Além disso, pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a aceitar a tramitação do projeto de lei que concede perdão aos envolvidos no ataque às instituições democráticas.
Blindagem a aliados e ataques às instituições
Em outro momento de sua fala, Tarcísio exigiu a devolução do passaporte do pastor Silas Malafaia, além de cadernos pessoais apreendidos pela Polícia Federal em investigação. O gesto foi interpretado como uma tentativa de blindar aliados e reforçar o alinhamento com setores religiosos da extrema direita.
A postura do governador contrasta com sua imagem pública de político moderado e evidencia uma guinada mais agressiva no discurso, aproximando-se ainda mais da retórica bolsonarista.