O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sondou a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), sobre a possibilidade de disputar uma vaga no Senado por São Paulo em 2026. A conversa aconteceu no início de agosto, durante viagem oficial ao Acre, segundo revelou a colunista Raquel Landim no UOL.
Lula teria perguntado sobre os planos políticos da ministra e sugerido que ela considerasse concorrer por São Paulo, onde o grupo de advogados Prerrogativas articula apoio ao seu nome. A movimentação indicaria uma alternativa a uma candidatura pelo Mato Grosso do Sul, estado natal de Tebet.
O Prerrogativas organiza nesta quinta-feira (11) um encontro de Simone Tebet com empresários e formadores de opinião em São Paulo, em mais um gesto de aproximação política.
Pesquisa mostra Tebet em destaque
De acordo com pesquisa da Atlas Intel, Tebet aparece bem posicionada em São Paulo, registrando 22,1% das intenções de voto contra 19,7% do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) — cenário de empate técnico, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Obstáculos políticos
Apesar da boa recepção em São Paulo, a candidatura exigiria negociações delicadas. O MDB paulista, liderado por Baleia Rossi e pelo prefeito Ricardo Nunes, mantém forte aliança com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado para a corrida presidencial de 2026. Nesse contexto, aliados avaliam que Tebet precisaria migrar para o PSB para viabilizar sua candidatura no estado.
No Mato Grosso do Sul, a disputa já começa a ganhar forma com nomes como o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Capitão Contar (PRTB) e Nelsinho Trad (PSD).
Tebet ainda não decidiu
Segundo interlocutores, a ministra não tomou decisão sobre seu futuro político. Ex-senadora por Mato Grosso do Sul, Tebet avalia que teria como missão reforçar o Senado contra o bolsonarismo a partir de 2026, mas mantém inclinação inicial por disputar novamente em seu estado natal.