Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a revogação do visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, alegando que o mandatário teria “instado os soldados americanos a desobedecer ordens e incitar a violência” durante compromissos da ONU em Nova York.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou pelo X que a decisão decorre de ações consideradas “imprudentes e incendiárias” por Petro. O comunicado oficial não detalhou documentos ou provas adicionais, limitando-se a apontar que a conduta do presidente colombiano motivou a suspensão de sua entrada no território norte-americano.
A medida se insere em um contexto de crescente tensão diplomática entre os dois países. Especialistas em relações internacionais destacam que a revogação de vistos de chefes de Estado é rara e simboliza um gesto político significativo, podendo afetar negociações bilaterais e agendas internacionais do presidente da Colômbia.
Con Roger Waters. Palestina libre. Si cae Gaza muere la humanidad pic.twitter.com/mGz1NaR3Va
— Gustavo Petro (@petrogustavo) September 26, 2025 Gustavo Petro estava em Nova York para compromissos oficiais da ONU, incluindo discussões sobre desenvolvimento sustentável e políticas climáticas. A suspensão do visto inviabiliza a participação presencial do presidente em futuros encontros nos Estados Unidos, reforçando preocupações sobre o impacto em compromissos diplomáticos e comerciais.
Organizações de direitos humanos e analistas internacionais questionam a clareza e a fundamentação legal da revogação, ressaltando que a prática pode ser interpretada como retaliação política e gerar repercussões em fóruns multilaterais.
O episódio se soma a uma série de medidas adotadas pelo governo americano nos últimos anos contra líderes estrangeiros cujas ações ou declarações foram interpretadas como desafiadoras à política dos EUA. A decisão evidencia a importância da diplomacia preventiva e da comunicação estratégica em missões internacionais, especialmente em eventos da ONU.


