Antidemocráticos

EUA revogam visto do presidente da Colômbia

Gustavo Petro tem entrada nos EUA suspensa após suposta incitação à violência durante agenda da ONU em Nova York

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Gustavo Petro - Foto: Reprodução

Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira (26) a revogação do visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, alegando que o mandatário teria “instado os soldados americanos a desobedecer ordens e incitar a violência” durante compromissos da ONU em Nova York.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou pelo X que a decisão decorre de ações consideradas “imprudentes e incendiárias” por Petro. O comunicado oficial não detalhou documentos ou provas adicionais, limitando-se a apontar que a conduta do presidente colombiano motivou a suspensão de sua entrada no território norte-americano.

A medida se insere em um contexto de crescente tensão diplomática entre os dois países. Especialistas em relações internacionais destacam que a revogação de vistos de chefes de Estado é rara e simboliza um gesto político significativo, podendo afetar negociações bilaterais e agendas internacionais do presidente da Colômbia.

Gustavo Petro estava em Nova York para compromissos oficiais da ONU, incluindo discussões sobre desenvolvimento sustentável e políticas climáticas. A suspensão do visto inviabiliza a participação presencial do presidente em futuros encontros nos Estados Unidos, reforçando preocupações sobre o impacto em compromissos diplomáticos e comerciais.

Organizações de direitos humanos e analistas internacionais questionam a clareza e a fundamentação legal da revogação, ressaltando que a prática pode ser interpretada como retaliação política e gerar repercussões em fóruns multilaterais.

O episódio se soma a uma série de medidas adotadas pelo governo americano nos últimos anos contra líderes estrangeiros cujas ações ou declarações foram interpretadas como desafiadoras à política dos EUA. A decisão evidencia a importância da diplomacia preventiva e da comunicação estratégica em missões internacionais, especialmente em eventos da ONU.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.