Washington, 28/09/2025 – Os Estados Unidos podem enfrentar uma paralisação total do governo federal a partir de quarta-feira, 1º de outubro, caso o Congresso não aprove o pacote de gastos para o próximo ano fiscal até a meia-noite de terça-feira, 30.
O chamado shutdown ameaça afetar centenas de milhares de servidores federais e pode ter impactos econômicos significativos.
Leia também: Secretário de Trump ataca Brasil e exige “conserto” para agradar EUA
O que está em jogo
O orçamento federal dos EUA exige a aprovação anual de 12 leis de apropriação, que financiam departamentos e serviços essenciais do país. Até o momento, nenhuma dessas leis foi aprovada em ambas as câmaras do Congresso, o que coloca o governo em risco de paralisação total.
Em caso de shutdown, apenas funções consideradas essenciais à proteção de vidas e propriedades permanecerão ativas. Funcionários essenciais continuarão trabalhando, mas muitos receberão salários atrasados. Outros setores podem ser totalmente suspensos até que o impasse seja resolvido.
Impactos econômicos e sociais
Paralisar o governo não é apenas uma medida administrativa: tem efeitos diretos sobre a população e a economia. A paralisação de cinco semanas em 2018-2019 causou prejuízos de US$ 3 bilhões ao crescimento econômico, sem possibilidade de recuperação.
Centenas de milhares de servidores federais podem ser dispensados temporariamente, enquanto contratos e serviços públicos essenciais podem sofrer atrasos. O risco também inclui interrupção de programas sociais, fiscalização, processamento de benefícios e atividades regulatórias, aumentando a vulnerabilidade de setores mais frágeis da sociedade.
Pressão política
A iminência do shutdown revela conflitos internos do governo Trump e do Congresso, que não conseguem aprovar um acordo sobre financiamento. O impasse evidencia como interesses políticos e econômicos privados podem prejudicar a população e paralisar serviços essenciais.
Analistas alertam que sem ação imediata, o país enfrentará uma crise administrativa e social, com reflexos na confiança internacional e no bem-estar de milhões de cidadãos.
