As Forças Armadas dos Estados Unidos bombardearam, pela primeira vez, um barco que navegava perto da costa da América do Sul, no Oceano Pacífico, na noite de terça-feira (21).
Essa ação marcou uma nova fase da ofensiva militar do governo Donald Trump contra o tráfico internacional de drogas na região, que até então concentrava ataques apenas no Caribe.
A informação foi confirmada pelo secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, que informou que duas pessoas morreram no ataque. Segundo ele, a embarcação pertencia a uma “organização terrorista” e trafegava por uma rota conhecida do narcotráfico. No momento do bombardeio, havia dois narcoterroristas a bordo, ambos mortos durante a operação. Nenhuma força americana foi ferida.
O ponto exato do ataque não foi divulgado, mas fontes indicam que ocorreu em águas internacionais próximo à costa da Colômbia. O governo Trump justificou a ação afirmando que a luta contra o tráfico de drogas é uma questão de segurança nacional, exibindo a gravidade do problema, com cerca de 300 mil mortes por drogas nos EUA.
A operação é parte de uma escalada militar que inclui o aumento da presença americana no Caribe com destróieres, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil soldados.
Especialistas independentes da ONU criticaram o bombardeio, classificando-o como violação do direito internacional e caracterizando os ataques como “execuções extrajudiciais”. Eles ressaltaram que, mesmo que as alegações acerca do tráfico fossem comprovadas, uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada é ilegal segundo o direito internacional marítimo.
O grupo de especialistas afirmou que esses ataques prejudicam a paz e segurança da região e que uma operação militar direta contra outro Estado soberano poderia constituir violação da Carta da ONU.

