domingo, 21/12/25 - 09:57:25
24.8 C
Rio de Janeiro
InícioRioEm coletiva sobre operação irresponsável e desastrosa, Cláudio Castro assume sua incompetência...
Incompetência

Em coletiva sobre operação irresponsável e desastrosa, Cláudio Castro assume sua incompetência na segurança e tenta culpar o governo federal por violência no Rio

O governador Cláudio Castro fez duras acusações ao governo federal, já desmentidas pela união, afirmando que o estado do Rio de Janeiro está sozinho no enfrentamento ao crime organizado durante a maior e desastrosa operação policial da história recente do Rio, que ocorre nos complexos do Alemão e da Penha.

Segundo ele, o Executivo federal negou três pedidos de apoio, utilizando diferentes justificativas para se recusar a colaborar, quando na verdade o que o mandatário desejava era obter empréstimos de blindados.

Nesta terça-feira (28), a megaoperação da polícia resultou em pelo menos 22 mortes em confrontos violentos, evidenciando a gravidade e a complexidade da ação que mobiliza centenas de agentes. Castro destacou que a solicitação para empréstimo de blindados foi vetada sob a alegação de que só poderiam ser usados em uma Garantia da Lei e da Ordem (Garantia da Lei e da Ordem, GLO), procedimento que o presidente Lula seria contra.

Castro tenta culpar o governo federal por sua incompetência na segurança pública

O governador enfatizou o contexto difícil: “Tivemos pedidos negados 3 vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”. Essa postura ficou marcada pela recusa à integração das forças federais e estaduais, mesmo com o avanço do crime organizado financiado por lavagem de dinheiro, armas e drogas em território carioca. Castro classificou a operação como uma “operação de defesa” e um “estado de defesa”, ressaltando que ultrapassou as competências estaduais e que, portanto, deveria haver maior cooperação federal, o que não ocorreu. Ele reafirmou a observância rigorosa da ADPF 635, na qual reforçou ter o acompanhamento do Ministério Público, garantindo legitimidade legal à ação.

Mais Notícias

Rodrigo Bacellar usou helicóptero de beneficiária do Bolsa Família em viagens oficiais

Aeronave avaliada em R$ 9 milhões foi utilizada em compromissos institucionais quando deputado exercia funções de governador em exercício

Alana Passos, suplente de Carluxo na Câmara do Rio, já foi denunciada por peculato no STJ

Ex-deputada foi acusada de manter empregada doméstica como assessora parlamentar na Alerj

Entretanto, as declarações do governador foram duramente contestadas pelo governo federal, que desmentiu a narrativa de falta de colaboração e apontou o despreparo do Executivo estadual para a coordenação da operação, evidenciando uma crise de gestão na segurança pública do Rio de Janeiro e fragilização institucional.

Megaoperação e impactos sociais: confronto em regiões de mata e caos urbano

A operação realizada pelo estado visa combater o avanço da facção do Comando Vermelho (CV) em 26 comunidades do Alemão e da Penha. Conforme explicado pelo secretário de Segurança, Victor Santos, trata-se de uma área de aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de “desordem”, que abriga mais de 280 mil pessoas. Santos afirmou que a logística é toda de responsabilidade estadual, sem apoio governamental federal. Durante a ação, traficantes reagiram com barricadas em chamas, tiroteios e lançamento de bombas via drones, evidenciando o alto grau de organização do crime.

Apesar da violência, Castro ressaltou que a operação foi planejada para minimizar o impacto na população, concentrando os confrontos principalmente em áreas de mata. Ainda assim, vítimas e feridos fazem parte do cenário preocupante, reforçando a urgência de soluções integradas e efetivas.

Contexto político da segurança no Rio de Janeiro

Desde o início do mandato, o governo Cláudio Castro tem enfrentado críticas severas pela gestão da segurança pública no Rio. A interpretação das ações como falhas e o uso político das recusas federais emergem no debate público. A ausência de blindados e agentes federais, assim como a negativa do governo Lula ao emprego da GLO, fomentam a percepção de um quadro de crise institucional e de desgaste político entre os níveis estadual e federal.

JR Vital
JR Vitalhttps://diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
Parimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino online

Relacionadas

Rodrigo Bacellar usou helicóptero de beneficiária do Bolsa Família em viagens oficiais

Aeronave avaliada em R$ 9 milhões foi utilizada em compromissos institucionais quando deputado exercia funções de governador em exercício

Alana Passos, suplente de Carluxo na Câmara do Rio, já foi denunciada por peculato no STJ

Ex-deputada foi acusada de manter empregada doméstica como assessora parlamentar na Alerj

Rombo: Alerj aprova orçamento de 2026 do RJ com déficit de quase R$ 19 bilhões

LOA e revisão do PPA passam em discussão única e fixam receitas, despesas e diretrizes do Estado

Alerj reestabelece o incentivo a matança no Rio com a volta da ‘Gratificação faroeste’

Parlamentares limparam a pauta antes do recesso, votaram vetos em bloco e retomaram benefícios nas áreas de segurança, saúde e direitos do consumidor.

Aliado de Cláudio Castro abriu caminho para RJ investir R$ 200 milhões no Banco Master

Mudança nas regras da Cedae, conduzida por ex-assessor do governador, permitiu aplicação em banco

Mais Notícias

Assuntos:

Recomendadas