A rainha de bateria da Rosas de Ouro, Ana Beatriz Godoi, brilhou em esquenta da Liga das Escolas de Samba de São Paulo e surgiu com um look estilizado com o emblema da ‘Bateria com Identidade’, como forma de retribuir a homenagem que recebeu recentemente do mestre Rafa Oliveira.
Dias atrás, a escola surpreendeu a rainha ao personalizar todos os instrumentos para o Carnaval 2026 com uma foto dela, representando a “deusa da noite”, que tem tudo a ver com o enredo. Tocada pelo gesto, Ana Beatriz decidiu retribuir à altura com um figurino inteiramente dedicado aos ritmistas.
Ela conta que se envolve na criação de cada look, inclusive desse, e sempre em parceria com os ateliês de Kell Mendes e Bruno Oliveira. A rainha participa de todas as etapas, desde a pesquisa de referências até a confecção das fantasias, mesmo sem qualquer formação em desenho.
“Eu não sei desenhar nada! Mas rabisco, mando foto, faço setinhas, explico do meu jeito… e o ateliê morre de rir dos meus desenhos. Só que, no fim, eles sempre entendem o conceito”, brinca. “Gosto de pensar em cada detalhe: cor, movimento, textura, mensagem. O Carnaval me inspira muito, então quero que cada look tenha um sentido, um porquê. Eu participo mesmo, dou pitaco, invento, tiro coisa, e a gente vai ajustando até chegar em algo legal”.
Segundo ela, cada fantasia começa como uma ideia solta, às vezes um símbolo, uma frase, uma sensação, uma parte do enredo. A partir disso, Ana Beatriz cria desenhos improvisados, que se transformam em ponto de partida para o ateliê. O processo, apesar de divertido, é levado a sério por todos. Ela faz questão de inovar a cada ensaio.
“Eu não quero só vestir uma fantasia bonita. Quero vestir uma ideia. Quero que a comunidade olhe e entenda que aquilo nasceu de nós, do enredo, da bateria. E eu gosto de participar de tudo”, explica. “Tem sempre muita conversa com o ateliê e essa troca que a gente ama. Eles já sabem que, se eu aparecer com um desenho estranho, é porque vem ideia nova por aí”, diz rindo.
