A tendência é que Alexandre Ramagem seja deportado dos Estados Unidos após a cassação de seu passaporte diplomático.
A análise foi apresentada pela jornalista Daniela Lima, no UOL News, nesta segunda-feira (22).
Segundo avaliação de técnicos da Polícia Federal e do Ministério da Justiça que acompanham os trâmites diplomáticos entre Brasil e Estados Unidos, Ramagem pode ser enviado de volta ao país por ingresso irregular em território norte-americano, uma vez que o documento diplomático já havia sido confiscado.
Documento válido faz diferença
A distinção central em relação ao caso de Eduardo Bolsonaro está na validade do passaporte no momento da viagem. O deputado eleito por São Paulo entrou nos Estados Unidos no início do ano com documentos regulares, o que afasta, nesse aspecto, a caracterização de irregularidade migratória.
Já no caso de Ramagem, o entendimento predominante é que a extradição configuraria um procedimento mais longo e complexo. Por isso, a deportação aparece como a alternativa mais célere, caso as autoridades norte-americanas adotem o enquadramento de entrada irregular.
Caminho administrativo
A eventual deportação dependerá do juízo das autoridades migratórias dos EUA, a partir da situação documental no momento do ingresso. Técnicos brasileiros avaliam que, confirmada a irregularidade, o retorno ao Brasil pode ocorrer por via administrativa, sem necessidade de acionar os ritos formais de extradição.
