Atualizado em: 27/12/2025 11:55
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar de Filipe Martins, condenado por tentativa de golpe de Estado, em mais um desdobramento das investigações sobre a trama golpista.
Agentes da Polícia Federal estiveram na residência de Filipe Martins na manhã deste sábado (27) para comunicar a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Martins foi condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A medida foi tomada pouco mais de dez dias após o julgamento da Primeira Turma do STF, que responsabilizou Martins por integrar o chamado “núcleo 2” da trama golpista investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Reação da defesa
Em publicação nas redes sociais, o advogado Jeffrey Chiquini, que representa Martins, classificou a decisão como “absurda” e afirmou que irá recorrer.
Prisão na fronteira
A determinação do STF ocorre um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, detido no Paraguai enquanto tentava fugir com documentos falsos para El Salvador.
Segundo o Ministério Público, Martins e Vasques integravam o grupo que coordenou ações para manter Jair Bolsonaro no poder após o término do mandato presidencial.
Mobilização para impedir votos
De acordo com a PGR, o grupo atuou na mobilização de forças policiais, no monitoramento de autoridades públicas, na articulação com apoiadores envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas — e na elaboração da chamada “minuta do golpe”, documento que previa medidas de exceção no país.
Trajetória no governo
Filipe Martins foi assessor especial de Bolsonaro e ganhou projeção ao longo do governo, mantendo influência nos bastidores do Palácio do Planalto até o fim do mandato do ex-presidente.

