Depois de conquistar o Prêmio Especial de Melhor Longa-Metragem no Sports Movies & TV – Milano International FICTS Fest, considerado o Oscar do cinema esportivo, o documentário Bola Pro Alto!, dirigido por Cecília Lang, estreia nas plataformas de streaming Claro TV e Vivo Play a partir de 4 de dezembro de 2025, e na TV em janeiro pelo Canal Brasil. Para marcar a ocasião, dia 10 de dezembro haverá uma exibição gratuita na praia do Leblon, com DJ set apresentando prévia da trilha sonora de Rodrigo Sha.
Produzido pelas empresas Lúdica e Viralata, com distribuição da Bretz Filmes, o filme acompanha a história da altinha, jogo coletivo nascido nas areias do Rio de Janeiro, hoje praticado em praias, parques e quadras de todo o Brasil e do mundo — de Brasília a Israel. Mais que um esporte, a altinha é mostrada como modo de vida: colaborativo, livre e guiado pelo prazer de manter a bola no ar.
Um registro afetivo e poético
A ideia inicial surgiu de um curta sobre a roda de amigos que jogava há dez anos nas praias cariocas. Ao investigar a dimensão do fenômeno, Cecília Lang percebeu que a história da bola atravessava gerações e lugares: “Não era apenas sobre um esporte, mas sobre um movimento que atravessa tempo, lugares e pessoas”, afirma a diretora.
O documentário, conduzido em primeira pessoa, entrelaça depoimentos, lembranças e imagens poéticas. Participam nomes como Evandro Mesquita, Cynthia Howlett, Karina Vela e Marcelo Adnet, além de personagens fundamentais na história e expansão da altinha, como Rafaela Fontes, Lorena Bichuter e Benedito Nascimento.
Presença feminina e cultura de praia
Entre as transformações destacadas, a crescente participação feminina é evidenciada, com equipes exigindo pelo menos uma jogadora. Para Cecília Lang, representa empoderamento: “A altinha se tornou um espaço de encontro e empoderamento. É o retrato de uma geração.”
O filme explora o conceito de flow, momento em que a bola permanece no ar e os jogadores alcançam um estado de transe coletivo, promovendo bem-estar emocional e integração social. “A altinha proporciona um bem-estar coletivo que prescinde de palavras, dinheiro ou classe social”, explica a diretora.
Reconhecimento internacional
Além do prêmio em Milão, o documentário recebeu a Medalha de Prata no CineEsporte e foi exibido em festivais como Cinefoot, 20º Festival Internacional de Cinema de Futebol (Berlim) e mostras em Portugal, Itália, Estados Unidos e Japão, sendo elogiado pela estética vibrante e olhar afetivo sobre o fenômeno da altinha.
Trilha sonora
Assinada por Rodrigo Sha, a trilha percorre as diferentes décadas da história do esporte, com composições originais e colaborações de Qinho, Pepe Barcellos e Juju Gomes. Destaque para remix inédito de “Você Não Soube Me Amar”, da Blitz, reforçando o clima solar e afetivo do filme.
Ficha técnica resumida
- Direção: Cecília Lang
- Produção executiva: Cecília Lang e Gabriel Corrêa e Castro
- Produtoras: Lúdica e Viralata
- Trilha sonora: Rodrigo Sha
- Distribuição: Bretz Filmes
- Exibição: Canal Brasil e plataformas Claro e Vivo (a partir de 4/12/2025)
