Neste domingo (21), a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, será palco de um grande protesto musical contra a PEC 5/2023, conhecida como “PEC da Blindagem”, que amplia a proteção de parlamentares mesmo em casos de crimes. Maria Gadu, Marina Sena e Os Garotin são os mais novos reforços do evento, que já contava como apoio de Anitta, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e astros da teledramaturgia brasileira.
O ato também rejeita o projeto de anistia a golpistas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses pelo STF.
Artistas lideram o protesto
O evento contará com Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Djavan em um trio elétrico, além de confirmações recentes de Maria Gadú, Marina Sena e Os Garotin. A cantora Anitta também publicou um vídeo se posicionando contra a PEC, que tem repercutido amplamente nas redes sociais.
A concentração está marcada para as 14h, no Posto 5 da Praia de Copacabana, e contará apenas com artistas a bordo, sem a presença de políticos.
Movimento nacional e pautas amplas
O protesto integra uma agenda maior de mobilizações organizadas por centrais sindicais, como a CUT, e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, em diversas cidades do país. Entre as pautas estão:
- Rejeição à PEC da Blindagem
- Rejeição à anistia a golpistas
- Redução da jornada de trabalho
- Fim da escala 6×1
- Taxação dos mais ricos
Engajamento histórico dos artistas
Caetano Veloso convocou a população em vídeo publicado nas redes sociais: “Grande parte da população brasileira não admite um negócio desses. Não pode ficar sem resposta”, destacando a importância de se posicionar “para frente do Congresso”.
O engajamento político desses artistas remonta à ditadura militar, período em que enfrentaram censura, prisão e exílio. Nos anos 1980, foram vozes decisivas no movimento Diretas Já, que mobilizou milhões de brasileiros pelo direito de escolher o presidente.
A participação de Djavan, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, junto a nomes como Maria Gadú, Marina Sena e Os Garotin, evidencia a articulação entre cultura e política como instrumento de resistência contra retrocessos e impunidade.