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Após celebrar chacina no Rio, líderes da direita vão debater anistia com Motta

Presidente da Câmara reúne lideranças oposicionistas para tentar viabilizar votação do projeto que prevê anistia aos criminosos envolvidos no ataque à Praça dos Três Poderes.

Nesta terça-feira (4), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), recebe em sua residência oficial no Lago Sul, Brasília, lideranças da oposição bolsonarista, que celebrou efusivamente a chacina no Rio de Janeiro, para discutir o projeto de anistia direcionado aos participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A pauta é uma prioridade para aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que buscam acelerar a votação da proposta ainda nesta semana.

Contexto e movimentação política

O projeto, conhecido como “PL da Anistia”, ainda não tem texto final ou relator definido, mas obteve regime de urgência no plenário da Câmara em setembro, refletindo a pressão política da oposição para garantir o perdão amplo, geral e irrestrito dos condenados pelos ataques aos Três Poderes.

Enquanto a oposição defende a aprovação do projeto, considerando que as condenações são resultado de perseguição política, a base do governo Lula e parte do Centrão veem a proposta com resistência, preferindo uma versão moderada que reduza penas em vez de anistiar integralmente. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já sinalizou apoio a uma dosimetria das penas, rejeitando o perdão total.

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Tensão e divergências internas

Mesmo dentro da base bolsonarista há divergências. Deputados como Sargento Fahur (PSD-PR) reconhecem que a anistia ampla pode ser inviável politicamente, mas alertam para o impacto negativo na direita caso a causa seja abandonada. Outros como Bia Kicis (PL-DF) defendem que só aceitam anistia ampla, rejeitando reduções parciais das penas.

Do lado governista, a medida é vista como inconstitucional e símbolo de impunidade, com receio de afastar ainda mais a direita do cenário político. A rejeição popular à anistia é significativa, com pesquisas indicando que 64% dos brasileiros são contra o perdão para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Próximos passos e desafios

O presidente da Câmara, Hugo Motta, sinaliza que vai pautar a votação da urgência do projeto, deixando a decisão final para o plenário. A expectativa dos aliados de Bolsonaro é que a proposta avance e seja votada ainda nesta semana, embora o governo e parte do Congresso prometam resistência.

Caso o projeto seja aprovado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já declarou que vetará integralmente a anistia, mas o Congresso pode tentar derrubar o veto, o que alimenta o impasse político e aumenta a tensão no cenário legislativo.

JR Vital
JR Vitalhttps://www.diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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