Enel não tem previsão para restabelecer energia em São Paulo

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© Paulo Pinto/Agência Brasil
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Resumo da Notícia

Após o temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira (11), cerca de 496 mil residências ainda estão sem energia. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirmou que não há previsão exata para o restabelecimento completo, com prioridade para serviços essenciais. A empresa recebeu críticas da Aneel por mobilizar menos funcionários do que o necessário. A normalização deve ocorrer até quarta-feira (16) em algumas áreas.© Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo – Mais de 48 horas após o forte temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira (11), o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, afirmou que a empresa ainda não tem uma previsão exata para o restabelecimento completo da energia na capital.

Durante entrevista coletiva neste domingo (13), ele explicou que o foco inicial são os clientes vitais e serviços essenciais, como hospitais e locais que precisam de água.

Situação crítica e sem previsão definida

No sábado (12), a Enel havia informado que o serviço seria normalizado até a madrugada de segunda-feira (14), mas a previsão foi revista. Lencastre destacou que a empresa está fazendo todos os esforços para restabelecer o serviço o mais rápido possível, mas não conseguiu precisar uma data. “Nosso foco é no cliente, especialmente os serviços essenciais. Sabemos que todos pedem uma previsão, mas neste momento não conseguimos fornecer uma data exata”, disse.

Entre os serviços prioritários, ele mencionou hospitais que possuem geradores próprios, o que alivia parte da pressão sobre o sistema. No entanto, devido à complexidade da operação, o retorno total do serviço pode levar mais tempo do que o inicialmente estimado.

Impacto do temporal e áreas mais afetadas

O temporal afetou 2,1 milhões de consumidores na Grande São Paulo, dos quais 1,3 milhão já tiveram a energia restabelecida. Ainda assim, cerca de 496 mil residências permanecem sem luz, especialmente em bairros como Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís. Em municípios da região metropolitana, como Cotia, São Bernardo do Campo e Taboão da Serra, milhares de clientes também estão sem energia.

A Enel informou que a recuperação completa pode ocorrer até quarta-feira (16), dependendo da área. O plano é restabelecer os serviços progressivamente, priorizando locais estratégicos e os mais afetados.

Críticas à resposta da Enel

A atuação da Enel durante o incidente foi alvo de críticas por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, declarou que a empresa não mobilizou o número necessário de funcionários para lidar com a emergência, o que atrasou o restabelecimento do serviço. Ele destacou que o plano de contingência aprovado no ano passado previa 2,5 mil profissionais para situações de eventos extremos, mas apenas 1,7 mil funcionários foram mobilizados até agora.

“Percebemos que a Enel não atendeu às expectativas em relação ao planejamento feito no ano passado”, afirmou Feitosa durante uma coletiva de imprensa.

Esforços para normalização

Atualmente, 1,7 mil funcionários entre diretos e terceirizados estão trabalhando na capital e na região metropolitana para recuperar a energia elétrica. A Enel continua mobilizando equipes para acelerar o processo e minimizar os transtornos causados pela tempestade, que registrou ventos de mais de 107,6 km/h.

Perguntas frequentes sobre o restabelecimento de energia

Quando a energia será restabelecida em São Paulo?

A Enel informou que o restabelecimento pode ocorrer até quarta-feira (16), dependendo da localização.Enel: mais um apagão em São Paulo neste ano

Por que a resposta da Enel foi criticada?

A Aneel afirmou que a empresa não mobilizou a quantidade necessária de funcionários, o que atrasou o restabelecimento da energia.© Paulo Pinto/Agência Brasil

Quais áreas estão mais afetadas com a falta de luz?

Bairros como Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís, além de municípios como Cotia e São Bernardo do Campo, estão entre os mais impactados.Apagão em São Paulo (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

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