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Caiu na rede

Influenciadores são alvos de operação contra contrabando de eletrônicos

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A Polícia Federal e a Receita Federal iniciaram nesta quinta-feira (28) a “Operação Hidden Circuit”, com o objetivo de combater crimes como descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de dinheiro.

A operação, que acontece nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas, foca em uma rede de influenciadores digitais acusados de orientar seus seguidores a realizar importações ilegais de produtos eletrônicos, sem o pagamento dos tributos devidos.

A ação, que contou com cerca de 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal, incluindo auditores e analistas, tem como alvos diversos indivíduos, entre eles, influenciadores digitais e “coaches” que se autoproclamavam especialistas na importação de produtos sem os devidos impostos.

Estes influenciadores compartilhavam, nas redes sociais, suas vidas de luxo e ostentação, fruto do lucro obtido com as atividades ilegais. De acordo com as investigações, eles ofereciam cursos e dicas sobre como importar eletrônicos do Paraguai, burlando as leis brasileiras e orientando os seguidores a se esconderem das autoridades fiscais.

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PF investiga digital influencers que ensinavam seguidores a importarem produtos de forma clandestina
Operação contra contrabando de eletrônicos – Foto: Divulgação / Polícia Federal

A operação é um desdobramento da Operação Mobile, deflagrada em abril deste ano, quando foram realizadas várias prisões e apreensões de mercadorias, especialmente eletrônicos, sem o pagamento de impostos. Até o momento, as autoridades apreenderam produtos no valor aproximado de R$ 10 milhões.

As investigações revelaram uma organização criminosa bem estruturada, que se especializou na importação clandestina e na distribuição de eletrônicos nos estados mencionados, além de utilizar criptomoedas para movimentar o dinheiro de forma ilegal.

Segundo a Receita Federal, os danos aos cofres públicos podem ser de até R$ 80 milhões anuais em tributos sonegados. Além de serem investigados por crimes de contrabando, lavagem de dinheiro e organização criminosa, os influenciadores também responderão por incitação ao crime, já que incentivavam e orientavam seus seguidores a cometerem as mesmas infrações.

Os mandados de busca e apreensão e sequestro de veículos foram cumpridos em várias cidades, como Goiânia (GO), Palmas (TO), Manaus (AM) e Confresa (MT). As autoridades esperam que a operação consiga desmantelar essa rede criminosa, que prejudica a economia do país e coloca em risco a integridade do sistema fiscal.

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