Brasília – O governo federal contratou uma empresa para reconstruir a ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Maranhão (MA) e Tocantins (TO), após o desabamento ocorrido em dezembro. A obra, com custo estimado de R$ 171,9 milhões, deverá ser entregue até 22 de dezembro de 2025.
A contratação aconteceu em caráter emergencial, com dispensa de licitação, e o consórcio Penedo-Neópolis, formado pelas empresas Construtora Gaspar S/A e Arteles Construções Limitada, ficará responsável pela reconstrução.
Detalhes do projeto da nova ponte
A nova ponte contará com diversas melhorias em relação à estrutura antiga. Segundo Fabrício Galvão, diretor-geral do Dnit, o projeto inclui:
- Acostamento para maior segurança no tráfego;
- Passeio e ciclovia para pedestres e ciclistas;
- Largura aumentada em 7 metros;
- Demolição da estrutura atual e implantação de novas fundações;
- Melhoria dos acessos nos dois municípios.
Tragédia no desabamento
A ponte, que fazia parte da BR-226 e ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou em 22 de dezembro de 2024. Até o momento, as autoridades confirmaram 11 mortes, e seis pessoas seguem desaparecidas. Uma força-tarefa da Marinha continua as buscas.
O colapso envolveu a queda de três caminhões que transportavam materiais perigosos, como 25 mil litros de agrotóxicos e 76 toneladas de ácido sulfúrico. Apesar das preocupações iniciais, a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que não houve vazamento para o Rio Tocantins após análise da qualidade da água.
Investigações em andamento
A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para determinar as causas e responsabilidades pelo desabamento. O Dnit também iniciou uma sindicância, com prazo de 120 dias para apresentar os resultados.
De acordo com o Ministério dos Transportes, a ponte, inaugurada em 1961, já não atendia ao aumento do fluxo de veículos e cargas.
Entenda o caso: reconstrução da ponte entre MA e TO
- Desabamento: Ocorreu em 22 de dezembro de 2024, causando mortes e desaparecimentos.
- Recontrução: Obra emergencial contratada por R$ 171,9 milhões.
- Novo projeto: Estrutura terá acostamento, ciclovia e será mais larga.
- Investigações: PF e Dnit apuram causas e responsabilidades.
- Segurança ambiental: Não houve vazamento de materiais tóxicos no Rio Tocantins.