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Pastor flagrado de calcinha e peruca na rua atacava os LGBTQIA+ e adultério

Vídeo do pastor desfilando em rua de Goiás repercute nas redes

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
O pastor Eduardo Costa – Reprodução

O pastor Eduardo Costa, conhecido por discursos inflamados contra a comunidade LGBTQIA+ e pregações moralistas sobre sexualidade, foi flagrado em vídeo usando calcinha e peruca na capital goiana. O material, que circula desde o início da semana, expôs o contraste entre suas falas públicas e sua conduta privada, provocando ampla repercussão nacional.

Segundo registros de suas próprias redes sociais, o religioso publicava mensagens condenando o adultério, as relações homoafetivas e qualquer prática sexual fora do casamento. Em uma das postagens, afirmou que “nenhuma” pessoa que cometesse tais atos “terá parte no Reino de Deus”. O tom era de ameaça espiritual e moral, com frases em caixa alta, destinadas a reforçar o terror religioso entre seguidores.

Sermões marcados por intolerância

Em outro texto divulgado anteriormente, Costa chegou a declarar que quem não aceitasse a “correção do Eterno” estaria destinado à morte física e à condenação eterna. A retórica incluía imagens de punição e sofrimento, em clara tentativa de intimidar fiéis e reforçar a narrativa fundamentalista.

A exposição do vídeo colocou em evidência a contradição entre a imagem pública de “guardião da moral” e o comportamento privado do pastor. Líderes religiosos e especialistas em direitos humanos afirmam que casos assim revelam o uso da fé como ferramenta de controle social e manutenção de preconceitos.

Contexto e impacto social

O episódio reacende o debate sobre hipocrisia religiosa e discursos de ódio travestidos de sermões. No Brasil, pastores que atacam direitos civis e minorias frequentemente ocupam espaços políticos e midiáticos, influenciando decisões legislativas e eleitorais. No entanto, quando condutas pessoais contraditórias vêm à tona, o discurso perde credibilidade e gera reações de indignação, especialmente nas redes sociais.

A repercussão também reforça a importância de questionar líderes que se colocam como árbitros da moral pública, mas cujas práticas privadas destoam radicalmente das mensagens que pregam.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.