Down no High Society

Socialite é presa por desviar R$ 35 milhões e lavar dinheiro em BH

A Polícia Civil a prendeu em seu apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte

Samira Bacha, socialite presa em MG. Foto: reprodução
Samira Bacha, socialite presa em MG. Foto: reprodução

Belo Horizonte – A socialite Samira Monti Bacha Rodrigues, de 40 anos, foi presa sob suspeita de desviar aproximadamente R$ 35 milhões de três empresas e lavar o dinheiro comprando itens de luxo, como joias, relógios e bolsas. A Polícia Civil a prendeu em seu apartamento, avaliado em R$ 6 milhões, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Outros 10 mandados de prisão foram cumpridos na operação.

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O que você precisa saber

  • Suspeita: Desvio de R$ 35 milhões e lavagem de dinheiro.
  • Prisão: Samira Monti Bacha Rodrigues presa em Nova Lima.
  • Operação: Dez mandados de prisão cumpridos.

O que aconteceu?

Segundo o delegado Alex Machado, titular da delegacia especializada no combate a crimes tributários, as fraudes começaram em 2020, dois anos após Samira se tornar sócia de uma empresa de cartões de crédito de benefícios. Ela aumentava o crédito nos cartões, gastava e apagava as dívidas do sistema.

Samira cooptava funcionários para maquiar planilhas da empresa, aproveitando-se de sua posição como sócia. Em seguida, atuou em outra companhia do mesmo grupo, especializada em cartões para a classe médica, com valores ainda maiores.

Material apreendido pela Polícia Civil de MG durante operação Dubai. Foto: Carlos Eduardo Alvim/ TV Globo
Material apreendido pela Polícia Civil de MG durante operação Dubai. Foto: Carlos Eduardo Alvim/ TV Globo

Como as fraudes foram executadas?

“Ela começou a fraudar esses cartões médicos, aumentar os limites ainda mais, cooptar novas pessoas e descobriu que poderia pegar o valor dos cartões e procurar agiotas que passavam o cartão, cobravam uma taxa e devolviam uma parte”, detalhou Machado. Ela gastava R$ 500 mil por mês e mandava apagar do sistema essa dívida.

Na terceira empresa, voltada para a antecipação de recebíveis, Samira simulava operações e os valores eram liberados diretamente para sua conta bancária. “São empresas que têm R$ 10 milhões, R$ 20 milhões para receber. Ela simulava operações e esses valores caíam direto na conta bancária dela”, afirmou o delegado.

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Estilo de vida e investigação

Durante o período das fraudes, Samira frequentava a alta sociedade de Belo Horizonte e realizava viagens internacionais para comprar artigos de luxo, incluindo um gasto de US$ 148 mil em joias em Dubai. A polícia descobriu que ela se aliou a uma joalheria de Nova Lima para vender as peças. A proprietária da joalheria tinha uma grande quantidade de material sem comprovação de origem, que foi apreendido e colocado à disposição da Justiça.

Desdobramentos

Após ser descoberta, Samira foi denunciada pelos sócios e devolveu parte do dinheiro, mas posteriormente negou os desvios e ocultou o restante. A polícia apreendeu cerca de R$ 15 milhões em bens. Dos 11 presos, cinco foram liberados.