Deolane Bezerra, empresária, advogada e influenciadora digital, foi presa na manhã desta quarta-feira (4) durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e faz parte de um esforço mais amplo das autoridades para combater o crime organizado no estado.
Deolane, de 34 anos, é uma figura conhecida nas redes sociais, onde ostenta uma vida de luxo e acumula milhões de seguidores. Advogada criminalista, ela é sócia de suas irmãs Danielle e Dayenne no escritório “Bezerra Advogados & Associados”.
A influenciadora ganhou notoriedade pública durante seu relacionamento com o falecido funkeiro MC Kevin, com quem chegou a noivar em uma cerimônia no México pouco antes da trágica morte do cantor. Deolane também é mãe de um menino, fruto de um relacionamento anterior.
Além de sua atuação no campo jurídico, Deolane é frequentemente vista em eventos e festas, vivendo uma vida repleta de ostentação, que inclui joias, roupas de grife e viagens luxuosas. Essa postura pública gerou críticas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que recentemente lançou um provimento contra a ostentação de bens, incluindo itens não relacionados ao exercício profissional.
A advogada também é conhecida por suas festas extravagantes. Em novembro, sua festa de aniversário, avaliada em R$ 4,5 milhões, contou com apresentações de artistas renomados como Simone e Simaria e Belo. O evento gerou polêmica após relatos de que os convidados teriam sido separados entre celebridades e subcelebridades, algo que Deolane negou veementemente.
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Deolane também se envolveu em controvérsias judiciais. Recentemente, a modelo Bianca Dominguez manifestou a intenção de processá-la por lesão corporal, alegando ter recebido uma pancada de Deolane, que resultou em um hematoma no olho direito. O caso está sendo investigado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e deverá ser encaminhado ao Ministério Público em breve.
‘Integration’
A influenciadora foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste do Recife. A operação, chamada “Integration”, teve início em abril de 2023 e incluiu a emissão de 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em várias cidades, como Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
Além das prisões, a operação resultou no sequestro de bens de luxo, incluindo carros, imóveis, aeronaves e embarcações. Também foram bloqueados ativos financeiros que totalizam mais de R$ 2,1 bilhões. Outras medidas cautelares determinadas pela Justiça incluem a entrega de passaportes e a suspensão do porte e registro de armas de fogo.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações continuarão para apurar o grau de envolvimento de todos os suspeitos na organização criminosa. A operação “Integration” segue desdobramentos para ampliar o combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento de atividades ilícitas no país.
