Efeito Lula

Desemprego no Brasil cai a 5,6% e atinge menor nível histórico

Taxa de desocupação é a menor desde 2012, refletindo efeitos da política econômica do governo Lula

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do IBGE, repetindo o resultado de maio a julho e confirmando o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. No mesmo período de 2024, o índice estava em 6,6%. O número evidencia o impacto das políticas implementadas pelo governo do presidente Lula (PT), que conseguiu reverter retrocessos sociais herdados dos últimos anos.

Menor número de desempregados em mais de uma década

O país registrou 6,08 milhões de pessoas em busca de colocação profissional, número inferior ao observado em dezembro de 2013 (6,1 milhões) e o menor já registrado pelo IBGE. Um ano antes, 7,13 milhões procuravam emprego no trimestre encerrado em agosto.

O total de ocupados chegou a 102,4 milhões de brasileiros, mantendo a taxa de ocupação da população em idade de trabalhar em 58,1%, também recorde. Esse resultado representa alta de 555 mil pessoas em relação a maio e de 1,9 milhão em comparação a 2024.

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Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, a queda do desemprego foi impulsionada, em parte, pelas contratações temporárias na educação pública. “São trabalhadores sem carteira, com contratos temporários”, afirmou.

Recorde de empregos formais

O setor privado atingiu 52,6 milhões de empregados, maior nível da história. Entre eles, 39,1 milhões são celetistas (excluindo domésticos), número estável em relação ao trimestre anterior, mas 3,3% superior ao de 2024.

Já os trabalhadores sem carteira somaram 13,5 milhões, estáveis frente ao trimestre anterior, mas 464 mil a menos do que no ano passado. O setor público também cresceu e chegou a 12,9 milhões de servidores, uma alta de 2,7% em um ano.

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Trabalho informal e autônomo

A taxa de informalidade foi de 38%, o equivalente a 38,9 milhões de trabalhadores. Embora tenha subido em relação a maio (37,8%), está abaixo do registrado em 2024 (38,9%).

O crescimento mais expressivo ocorreu entre os trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que somaram 19,1 milhões — alta de 1,9% em relação a maio e 2,9% frente ao ano anterior. “Isso mostra que muitas pessoas estão apostando no trabalho autônomo, principalmente em comércio e alimentação”, avaliou Kratochwill.

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Salários em patamar recorde

A remuneração média habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.488, a maior já registrada para o trimestre de junho a agosto. O valor supera em 3,3% o recorde anterior (R$ 3.377), obtido em 2024.

Já a massa de rendimento real atingiu R$ 352,6 bilhões, também recorde histórico, com alta de 1,4% em relação a maio e 5,9% em comparação anual.

Por outro lado, os números revelam a contradição estrutural do mercado de trabalho brasileiro: apesar do avanço do emprego formal e da elevação dos salários, a informalidade e o trabalho precário ainda afetam quase 40% da força de trabalho, refletindo desigualdades persistentes e a necessidade de políticas públicas robustas.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.