Combate à carestia

Medidas do governo Lula aamenizaram inflação dos alimentos, diz Ministro

Ministro Carlos Fávaro rebate críticas e afirma que medidas cautelosas, como isenção de importação, já frearam preços de arroz, feijão e ovos.

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Foto: © Lula Marques/Agência Brasil

Brasília – Em tempos de especulação e histeria mercadológica, o governo federal resolveu enfrentar a inflação dos alimentos sem show pirotécnico, mas com medidas técnicas e resultados concretos. Foi o que sustentou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira (28 de maio), durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Diante de parlamentares ainda apegados ao mantra do “mercado sabe tudo”, Fávaro foi direto: a inflação que pesa sobre a mesa do povo brasileiro está em queda graças a ações cautelosas, como a redução a zero da alíquota de importação de produtos em escassez. Nada de taxações desesperadas ou intervenções autoritárias — e também nada de omissão.


Medidas técnicas freiam alta dos preços

Com um discurso firme e recheado de dados, Fávaro defendeu as escolhas do governo Lula como responsáveis pelo freio na alta de alimentos como arroz (-4%), feijão preto (-7%), tomate (-7%), ovos (-2%) e frutas (-2%).

A queda nos índices de inflação foi registrada no IPCA-15 de maio, que apresentou o menor aumento em cinco anos: apenas 0,36%. “Estamos em queda. Era mais de 1% em abril. Os resultados estão aí para quem quiser ver, mesmo que a imprensa só saiba reclamar”, ironizou o ministro.


Sem arbitrariedade, mas com coragem

Fávaro foi didático ao explicar por que o governo evitou soluções fantasiosas: “Esperavam o quê? Medidas arbitrárias? Intervenção no mercado? Não. Atuamos com serenidade e responsabilidade, e os efeitos já apareceram”.

A fala foi uma resposta indireta a setores conservadores da mídia e da oposição, que insistem em descredibilizar políticas públicas baseadas em planejamento, não em populismo midiático.


Exportações crescem com abertura de novos mercados

Fávaro aproveitou a audiência para mostrar que não se trata só de olhar para dentro. O Brasil está expandindo horizontes no comércio exterior. Com apoio da Apex, o Ministério da Agricultura já abriu 381 novos mercados até maio deste ano.

E não são apenas os clássicos soja, milho e café: o país agora exporta gergelim, sorgo, uvas, frutas diversas, além de material genético bovino, inclusive para países como Índia e Camarões. Destaque para a abertura do mercado chinês ao DDG, subproduto do etanol de milho, num momento de tensão tarifária entre China e EUA.


Gripe aviária sob controle

Nem tudo são flores no agronegócio, mas nem tudo é desespero. Questionado sobre o surto de gripe aviária no Rio Grande do Sul, o ministro minimizou o pânico: dos 160 mercados abertos para a carne de frango, 128 seguem ativos. Apenas 24 aplicaram restrições, e negociações estão em curso para limitar impactos geográficos.

Segundo Fávaro, os casos investigados caíram de 21 para 11 em poucos dias. “A situação está sob controle e não há motivo para alarmismo”, afirmou, em tom cirúrgico.


O Carioca esclarece

O que é a inflação dos alimentos e por que ela afeta tanto a população?
É a variação de preços de itens básicos da alimentação. Ela pesa mais sobre famílias de baixa renda, que destinam a maior parte do orçamento à comida.

Por que o governo reduziu a alíquota de importação de alimentos?
Para conter a escassez interna e forçar a concorrência, o que ajuda a baixar os preços.

Como as novas exportações impactam a economia nacional?
A abertura de mercados gera divisas, impulsiona a produção e fortalece cadeias produtivas — desde o campo até a indústria.

A gripe aviária ameaça a segurança alimentar do Brasil?
Não no momento. O surto é localizado e sob monitoramento. A exportação continua firme.

Com informações da Agência Brasil

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.