Míriam Leitão critica postura do mercado em relação a Bolsonaro

4 de dezembro de 2024
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O ex-presidente Jair Bolsonaro batendo o martelo após firmar a privatização da Cedae na B3. Foto: Alan Santos
O ex-presidente Jair Bolsonaro batendo o martelo após firmar a privatização da Cedae na B3. Foto: Alan Santos

Rio de Janeiro – A jornalista Míriam Leitão, em coluna publicada no jornal O Globo, questionou a posição do mercado financeiro em apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Leitão destacou a contradição dos investidores, que, segundo ela, demonstram “furor” contra o governo Lula (PT) alegando incertezas fiscais, mas aceitam lideranças autoritárias como Bolsonaro.

A análise foi baseada em uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4), que revelou que 80% dos operadores financeiros entrevistados votariam novamente em Bolsonaro, mesmo após ele ser indiciado por conspirar um golpe de Estado em 2022. Leitão classificou o comportamento do mercado como “apaixonado”, em vez de pautado por uma análise objetiva da economia.

O mercado e o pessimismo econômico

Míriam Leitão argumentou que o mercado adota uma postura contraditória ao demonstrar insatisfação com o governo Lula, apesar de avanços econômicos significativos. Ela destacou que a pobreza atingiu o menor índice da história, a economia brasileira deve crescer 3,5% em 2024, e o país vive um cenário de pleno emprego, com aumento da renda.

Segundo a colunista, esses dados deveriam criar um ambiente de otimismo. No entanto, o mercado insiste em promover uma “crise fabricada” ao ignorar esses avanços e priorizar um discurso de incerteza fiscal.

Críticas ao apoio a Bolsonaro

A pesquisa da Genial/Quaest revelou que operadores financeiros preferem Bolsonaro, mesmo diante de sua ligação com iniciativas antidemocráticas. Leitão afirmou que isso reflete um desprezo por valores democráticos e uma aceitação de riscos autoritários que são “mais imprevisíveis que qualquer incerteza fiscal”.

A colunista ainda acusou o mercado de adotar um comportamento contraditório, porque deveria agir com imparcialidade ao alocar recursos, mas acaba criando um ambiente de instabilidade.

Duas realidades econômicas

Para Míriam Leitão, o Brasil parece viver “duas realidades paralelas”. De um lado, indicadores econômicos positivos refletem uma recuperação sólida. Por outro, o mercado se mostra desconectado dessa realidade, gerando um ambiente de pessimismo e alimentando tensões políticas.

Ela também apontou que esse comportamento ignora avanços sociais significativos, como a redução da pobreza e o crescimento do PIB nos últimos anos, o que deveria ser motivo de comemoração entre investidores.

Entenda a crítica de Míriam Leitão ao mercado

  • Postura contraditória: Mercado critica Lula por incertezas fiscais, mas apoia Bolsonaro, ligado a ações autoritárias.
  • Crescimento econômico: Brasil registra alta do PIB e redução da pobreza, mas mercado ignora avanços.
  • Pesquisa Genial/Quaest: Estudo revela que 80% dos investidores apoiam Bolsonaro.
  • Clima de pessimismo: Colunista acusa mercado de fabricar instabilidade no país.
  • Impactos sociais: Renda e emprego atingem níveis positivos no governo Lula.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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