Questões de concurso de Macaé são anuladas por conteúdo machista

André Luiz Por André Luiz
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Questões da prova do concurso público da Prefeitura de Macaé, no Norte Fluminense, foram anuladas nesta segunda-feira (14) após polêmica envolvendo o conteúdo considerado machista e misógino. As perguntas geraram críticas nas redes sociais e uma nota de repúdio foi emitida por instituições e grupos feministas.

A prova, aplicada no domingo (13), contou com a participação de mais de 40 mil candidatos que disputam 824 vagas, distribuídas entre diferentes níveis de escolaridade. Os exames ocorreram em três cidades da região, com rígidos procedimentos de segurança e orientações voltadas à garantia da transparência do processo seletivo.

Entre as questões anuladas, uma solicitava que os candidatos assinalassem a frase que não criticava o fato de as mulheres “falarem demais”. Outra pergunta, também alvo de críticas, pedia a comparação de uma mulher a um “defeito da natureza” e sugeria que “as mulheres são como robôs: têm no cérebro uma célula a menos e, no coração, uma célula a mais”.

Questões de concurso de Macaé são anuladas por conteúdo machista | Diário Carioca
Foto: Reprodução
Questões de concurso de Macaé são anuladas por conteúdo machista | Diário Carioca
Foto: Reprodução

Diante da repercussão, a Prefeitura de Macaé se manifestou por meio de nota publicada em suas redes sociais, onde repudiou o conteúdo das questões e informou que a elaboração das perguntas foi de responsabilidade exclusiva da banca organizadora, a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Cumprindo a lisura do processo e os critérios de confidencialidade, as questões de prova não são aprovadas previamente pela prefeitura, sendo restritas à banca Examinadora, a FGV. A Prefeitura de Macaé já solicitou posicionamento oficial do órgão”, diz a nota.


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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também emitiu uma nota de repúdio, destacando o caráter discriminatório das questões.

“As referidas questões, além de inaceitáveis, demonstram uma preocupante falta de respeito e consideração pelas mulheres, reforçando estereótipos ultrapassados”, afirmou o comunicado, que também cobrou da FGV a revisão de seus processos internos de elaboração de provas e exigiu explicações à sociedade.

As questões já foram oficialmente anuladas pela FGV, que ainda não se pronunciou aos questionamentos feitos pelo Diário Carioca.

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